sábado, 6 de setembro de 2008
Dando uma chance para Deus
E como se faz isso? A pergunta surgiu a ambos ao mesmo tempo.
Concordando com Deus, disse o pastor. E se explicou: Deus estabeleceu um padrão para o relacionamento conjugal. Ao marido orientou que se sacrificasse pela esposa, tratando-a como parte de si, e criando as condições para que se realize como pessoa. À mulher orientou a permitir que o marido fosse o líder do lar.
O pastor expôs que esta rua é de mão dupla: o marido entra com a responsabilidade de gerar o ambiente para a felicidade da esposa, e esta entra com a anuência à sua liderança.
Agora, no caso, nem o marido achava que a esposa valia o sacrifício, nem esta achava que ele ainda tivesse crédito para ser líder de quem quer que fosse.
O pastor explicou que era aí que residia o “dar uma chance para Deus”: esquecendo o passado, confiar que o Senhor trabalharia em ambos, tornando-os o que deveriam ser. Confiar em Deus, explicou, é sair do barco, como Pedro, isto é, agir contra a lógica humana. Todo o mundo sabe que a água não sustenta ninguém de pé; mas Jesus foi andando sobre a água! E agora? O que é a verdade? O que todo o mundo sabe ou o que Jesus está fazendo e nos convidando a fazer?
Quer dizer que vou deixá-lo decidir, mesmo achando que ele faz tudo errado? É isso! Disse o pastor. Acredite que, ao conceder-lhe a liderança, porque liderança uma concessão da parte dos liderados, Deus terá o ambiente necessário para operar o milagre que ele precisa. Conceder-lhe a liderança é respeitá-lo e apoiá-lo.
Quer dizer que devo me sacrificar por alguém que vive a humilhar-me e a desconsiderar tudo o que digo? O processo é o mesmo. Disse o pastor. Ao fazê-lo criará o ambiente que Deus precisa para operar o milagre que precisa ser realizado. E, sacrificar-se por sua esposa é, para além do tratamento carinhoso, considerar na tomada de decisões tudo o que gera insegurança nela.
Lembrem-se! Insistiu o pastor. Vocês não estão fazendo um gesto a partir do que vêem um no outro, mas, sim, por aceitar o convite de Cristo para andar sobre as águas, crendo que ele sustenta sobre as águas os que, a seu convite, saem do barco. Vocês decidem que vão começar a agir a partir da palavra dele, e ele os sustenta nessa caminhada. A gente, sob oração, vigia em obedecer e ele se digna a nos sustentar.
Gente, andar com Deus é, em princípio, andar sobre as águas!
Vivemos num mundo que não obedece a Deus. Portanto, andar com Deus é, na maioria das vezes, andar contra o senso comum. Então, arrematou o pastor: Em nome de Cristo eu os convido andar sobre as águas.
E silêncio se fez…
este artigo foi extraido do arquivo Graça de Deus de Ariovaldo Ramos
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
O Espirito Santo e as Missões
Neste artigo pensaremos juntos sobre a relação do Espírto Santo com a obra missionária, a clara ligação entre Sua manifestação em Atos 2 e Atos 13 e a promoção da evangelização aos de perto e aos de longe.Se olharmos o panorama mundial da Igreja evangélica perceberemos que o crescimento evangélico foi 1.5 % maior que o Islã na ultima década. O Evangelho já alcançou 22.000 povos nestes últimos 2 milênios. Temos a Bíblia traduzida hoje em 2.212 idiomas. As grandes nações que resistiam o Evangelho estão sendo fortemente atingidas pela Palavra, como é o caso da Índia e China, que em breve deverão hospedar a maior Igreja nacional sobre a terra. Um movimento missionário apoiado pela Dawn Ministry plantou mais de 10.000 igrejas-lares no Norte da Índia na última década, em uma das áreas tradicionalmente mais fechadas para a evangelização. No Brasil menos evangelizado como o sertão nordestino, o norte ribeirinho e indígena, e o sul católico e espírita, vemos grandes mudanças na última década, com nascimento de novas igrejas, crescimento da liderança local e um contínuo despertar pela evangelização. No Brasil urbano a Igreja cresceu 267% nos últimos 10 anos. Apesar dos diversos problemas relativos ao crescimento e algumas questões de sincretismo que são preocupantes no panorama geral, vemos que o Evangelho tem entrado nos condomínios de luxo de São Paulo e nos vilarejos mais distantes do sertão, colocando a Palavra frente a frente com aquele que jamais a ouvira antes. Há um forte e crescente processo de evangelização no Brasil.Duas perguntas poderiam surgir perante este quadro: qual a relaçao entre a expansao do Evangelho e a pessoa do Espírito Santo ? E quais os critérios para uma Igreja, cheia do Espírito, envolver-se com a expansão do Evangelho do Reino ?Em uma macro-visão creio que esta relação poderia ser observada em três áreas distintas, porém, interrelacionadas: a essência da pessoa do Espírito e Sua função na Igreja de Cristo; a essência da pessoa do Espírito e Sua função na conversão dos perdidos; e por fim a clara ligação entre os avivamentos históricos e o avanço missionário.A essência da pessoa do Espírito e sua função na Igreja de Cristo.Em Lucas 24 Jesus promete enviar-nos um consolador, que é o Espírito Santo, e que viria sobre a Igreja em Atos 2 de forma mais permanente. Ali a Igreja seria revestida de poder. O termo grego utilizado para ‘consolador’ é ‘parakletos’ e literalmente significa ‘estar ao lado’. É um termo composto por duas partículas: a preposição ‘para’ - ao lado de - e ‘kletos’ do verbo ‘kaleo’ que signfica chamar. Portanto vemos aqui a pessoa do Espírito, cumprimento da promessa, habitando a Igreja, estando ao seu lado para o propósito de Deus.Segundo John Knox a essência da função do Espírito Santo é estar ao lado da Igreja de Cristo, fazê-la possuir a Face de Cristo e espalhar o Nome de Cristo. Nesta percepção, O Espírito Santo trabalha para fazer a Igreja mais parecida com seu Senhor e fazer o nome do Senhor da Igreja conhecido na terra.A essência da pessoa do Espírito e sua função na conversão dos perdidos.Cremos que é o Espírito Santo quem convence o homem do seu pecado.O homem natural sabe que é pecador porém apenas com a intervenção do Espírito ele passa a se sentir perdido. Há uma clara, e funcional, diferença entre sentir-se pecador e sentir-se perdido. Nem todo homem convicto de seu pecado possui consciência de que está perdido, portanto, necessitado de redenção. Se o Espírito Santo não convencer o homem do pecado e do juizo, nossa exposição da verdade de Cristo não passará de mera apologia humana.A Igreja plantada mais rapidamente em todo o Novo Testamento foi plantada por Paulo em Tessalônica. Ali o apóstolo pregava a Palavra aos sábados nas sinagogas e durante a semana na praça e o fez durante 3 semanas, nascendo ali uma Igreja. Em 1º Tess. 1:5 Paulo nos diz que o nosso evangelho não chegou até vos tão somente em palavra (logia, palavra humana) mas sobretudo em poder (dinamis, poder de Deus), no Espírito Santo e em plena convicção (pleroforia, convicção de que lidamos com a verdade). O Espírito Santo é destacado aqui como um dos três elementos que propiciou o plantio da igreja em Tessalônica. Sua função na conversão dos perdidos, em conduzir o homem à convicção de que é pecador e está perdido, sem Deus, em despertar neste homem a sede pelo Evangelho e atraí-lo a Jesus é clara. Sem a ação do Espírito Santo a evangelização não passaria de apologia humana, de explicações espirituais, de palavras lançadas ao vento, sem público, sem conversões, sem transformação.A clara ligação entre os avivamentos históricos e os movimentos missionários.Se observarmos os ciclos de avivamentos perceberemos que a proclamação da Palavra torna-se uma consequência natural desta ação do Espírito. Vejamos.Fruto de um avivamento, a partir de 1730 John Wesley durante 50 anos pregou cerca de 3 sermões por dia, a maior parte ao ar livre, tendo percorrido 175.000 km a cavalo pregando 40.000 sermões ao longo de sua vida.Fruto de um avivamento, em 1727 a Igreja moraviana passa a enviar missionários para todo o mundo conhecido da época, chegando ao longo de 100 anos enviar mais de 3.600 missionários para diversos países.Fruto de um avivamento, em 1784, após ler a biografia do missionário David Brainard, o estudante Wiliam Carey foi chamado por Deus para alcançar os Indianos. Após uma vida de trabalho conseguiu traduzir a Palavra de Deus para mais de 20 línguas locais e sua influência permanece ainda hoje.Fruto de um avivamento, em 1806 Adoniram Judson tem uma forte experiência com Deus e se propõe a servir a Cristo, indo depois para a Birmânia, onde é encarcerado e perseguido durante décadas, mas deixa aquele país com 300 igrejas plantadas e mais de 70 pastores. Hoje, Myamar, a antiga Birmânia, possui mais de 2 milhões de cristãos.Fruto de um avivamento, em 1882 Moody pregou na Universidade de Cambridge e 7 homens se dispuseram ao Senhor para a obra missionária e impactaram o mundo da época. Foram chamados “os 7 de Cambridge”, que incluía Charles Studd (sua biografia publicada no Brasil chama-se “O homem que obedecia”). Foi para a África, percorreu 17 países e pregou a mais de meio milhão de pessoas. Fundou A Missão de Evangelização Mundial (WEC International) que conta hoje com mais de 2.000 missionários no mundo.Fruto de um avivamento, em 1855 Deus falou ao coração de um jovem franzino e não muito saudável para se dispor ao trabalho transcultural em um país idólatra e selvagem. Vários irmãos de sua igreja tentavam dissuadí-lo dizendo: “para que ir tão longe se aqui na América do Norte há tanto o que fazer ?” Ele preferiu ouvir a Deus e foi. Seu nome é Simonton (1833-1867) que veio ao nosso país e fundou a Igreja Presbiteriana do Brasil.Fruto de um avivamento, em 1950 no Wheaton College cerca de 500 jovens foram chamados para a obra missionária ao redor do mundo. E obedeceram. Dentre eles estava Jim Elliot que foi morto tentando alcançar a tribo Auca na Amazônia em 1956. A partir de seu martírio houve um grande avanço missionário em todo o mundo indígena, sobretudo no Equador. Outro que ali também se dispôes para a obra missionária foi o Dr Russel Shedd que é tremendamente usado por Deus em nosso país até o dia de hoje.Tendo em mente, nesta macro-estrutura, os três níveis de relação entre o Espírito Santo e as Missões, podemos observar alguns valores bíblicos sobre este tema, revelados em Atos 2, durante o Pentecoste. O Pentecoste e as MissõesO Espírito Santo é a pessoa central no capítulo 2 de Atos e Lucas é justamente o autor sinóptico que mais fala sobre Ele utilizando expressões como “ungido” pelo Espírito, ou “poder” do Espírito ou ainda “dirigido” pelo Espírito (Lc 3:21; 4:1, 14, 18) demonstrado que na teologia Lucana o Espírito Santo era realmente o ‘Parakletos’ que viria. O Pentecoste, dentre todas as festas judaicas, era, segundo Julius, o evento mais frequentado e acontecia sob clima de reencontros já que judeus que moravam em terras distantes empreendiam nesta época do ano longas jornadas para ali estar no quinquagésimo dia após a páscoa.Chegamos ao momento do Pentecoste. Fenômenos estranhos aos de fora e incomuns à Igreja aconteceram neste momento e a Palavra os resume falando sobre um som como “vento impetuoso” (no grego ‘echos’, usado para o estrondo do mar); “línguas como de fogo” que pousavam sobre cada um, “ficaram cheios do Espírito Santo” e começaram a falar “em outras línguas”. Lucas fecha a descrição do cenário com a expressão no verso 4: “segundo o Espírito lhes concedia”. Outras línguas. O texto no versículo 4 utiliza o termos eterais glossais para afirmar que eles falaram em outras glosse , línguas, expressão usada para línguas humanas, idiomas. Mas, a fim de não deixar dúvidas, no versículo 8, o texto nos diz que cada um ouviu em sua “própria língua” usando aqui o termo dialekto que se refere aos dialetos ali presentes. As línguas faladas, e ouvidas, portanto eram línguas humanas e não línguas angelicais, neste texto em particular, no Pentecoste. Mas onde ocorreu o milagre? Naquele que falou ou nos ouvidos dos que ouviram ? É possivel que tenha sido nos ouvidos dos que ouviram pois a mensagem, pregada, foi compreendida idia dialekto - no próprio dialeto de cada um. O certo, porém, é que Deus atuou sobrenaturalmente a fim de que a mensagem do Cristo vivo fosse compreendida, clara e nitidamente, por todos os ouvintes. Em meio a este momento atordoante (vento, fogo, som, línguas) o improvável acontece. Aquilo que seria apenas uma festa espiritual interna para 120 pessoas chega até as ruas. O caráter missiológico do evangelho é exposto. O Senhor com certeza já queria demonstrar desde os primeiros minutos da chegada definitiva do Espírito sobre a Igreja que este poder – dinamis de Deus - não havia sido derramado apenas para um culto cristão restrito, a alegria íntima dos salvos ou confirmação da fé dos mártires. O plano de Deus incluía o mundo de perto e de longe em todas as gerações vindouras e nada melhor do que aquele momento do Pentecoste quando 14 nações, ali presentes e, no meio desta balbúrdia da manifestação de Deus, cada uma – milaculosamente – passou a ouvir o Evangelho em sua própria língua. Era o Espírito Santo mostrando já na sua chegada para o que viria: conduzir a Igreja a fazer Cristo conhecido na terra. Em um só momento Deus fez cumprir não apenas o “recebereis poder” mas também o “sereis minhas testemunhas”. A Igreja revestida nasceu com uma missão: testemunhar de Jesus.Daí muitos se convertem e a Igreja passa de 120 crentes para 3.000, e depois 5.000. Não sabemos o resultado daqueles representantes de 14 povos voltando para suas terras com o Evangelho vivo e claro, em sua própria língua, mas podemos imaginar o quanto o Evangelho se espalhou pelo mundo a partir deste episódio. Certamente o primeiro grande movimento de impacto transcultural da Igreja revestida.No verso 37 lemos que, após o sermão de Pedro, em que anuncia Cristo, “ouvindo eles estas coisas, compugiu-se-lhes o coração” e o termo usado aqui para compungir vem de katanusso, usado para uma “forte ferroada” ou ainda “uma dor profunda que faz a alma chorar”. A Palavra afirma que “naquele dia foram acrescentadas quase três mil almas”. O Espírito Santo usando o cenário do Pentecoste para alcançar homens de perto e de longe.Podemos retirar daqui algumas conclusões bem claras. Uma delas é que a presença do Espírito Santo leva a mensagem para as ruas, para fora do salão e alcança apenas pelos quais o sangue de Cristo foi derramado. Desta forma é questionável a maturidade espiritual de qualquer comunidade cristã que se contente tão somente em contemplar a presença do Senhor. A presença do Espírito, de forma genuína, incomoda a Igreja a sair de seus templos e bancos. A Não se contentar tão somente com uma experiência cúltica aos domingos. A procurar, com testemunho Santo e uso da Palavra de Deus, fazer Cristo conhecido aos que estão ao seu redor.Havia naquele lugar, ouvindo a Palavra de Deus através de uma Igreja revestida de Poder pelo Espírito Santo, homens de várias nações distantes, judaizantes, além de judeus de perto, que moravam do outro lado da rua. De terras distantes, o texto, Atos 2: 9 a 11, registra que havia “nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes-ouvímo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus”. Uma Igreja revestida da Espírito deve abrir seus olhos também para os que estão longe, além barreiras, além fronteiras, nos lugares improváveis, onde Cristo gostaria que fôssemos.Que efeitos objetivos na construção do caráter da Igreja produziu a presença marcante e transformadora do Espírito ?A ação do Espirito Santo não produz uma Igreja enclausuradaEsta Igreja cheia do Espírito Santo passa a crescer onde está e em Atos 8 o Senhor a dispersa por todos os cantos da terra. E diz a Palavra que, “os que eram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra”. Vicedon nos ensina que uma Igreja cheia do Espírito é uma igreja missionária, proclamadora do Evangelho, conduzida para as ruas.A ação do Espírto Santo não produz uma Igreja segmentadaApós a ação do Espírito sobre os 120, depois 3.000, depois 5.000, não houve segmentação, divisão, grupinhos na comunidade. Certamente eles eram diferentes. Alguns preferiam adorar a Deus no templo, outros de casa em casa. Alguns mais formais, judeus e judaizantes, outros bem informais, gentios. Alguns haviam caminhado com Jesus. Outros não o conheceram tão de perto. Mas esta Igreja possuía um só coração e alma, como resultado direto do Espírito Santo. Competições, segmentações, grupinhos, portanto, são uma clara demonstração de carnalidade e necessidade de busca de quebrantamento e entrega a ação do Espírito na vida da Igreja. A ação do Espírito Santo não produz uma Igreja autocentradaCertamente uma Igreja que havia experimentado o poder de Deus, de forma tão próxima e visível, seria impactada pelo sobrenatural. Porém, quando a ação sobrenatural é conduzida pelo Espírito Santo a única pessoa que se destaca é Jesus, a única pessoa exaltada é Jesus, a única que aparece com louvores é Jesus. Esta Igreja que experimentou o Espírito no Pentecoste passa, de forma paradoxal, a falar menos de sua própria experiência e mais da pessoa de Cristo. O egocentrismo eclesiástico não é compatível com as marcas do Espírito.Creio, assim, que nossa herança provinda do Pentecoste precisa nos levar a sermos uma Igreja nas ruas (não enclausurada), uma Igreja Cristocêntrica com amor e tolerância entre os irmãos (não segmentada ou partidária), uma Igreja cuja bandeira é Cristo, não ela mesma (não egocêntrica), e por fim uma Igreja proclamadora, que fala de Cristo perto e longe. Que as marcas do Pentecostes continuem a se manifestar entre nós.
Doentes sem remédios
A história desta mulher tem vários elementos muito interessantes que vamos analisar. Geralmente as pessoas necessitadas iam onde Jesus estava pedindo ajuda por si ou por alguém. Nesta ocasião Jesus entra na sinagoga, lugar de reunião para adoração. Ali se lia a Palavra de Deus, se orava, se escutava as melhores exposições dos sábios. Ali todos os dias se reuniam os fariseus para discutir e interpretar a Palavra de Deus e implantar mais leis rigorosas.
Porém, ali também em meio a tudo isso, se encontrava uma mulher que todos os dias entrava ali para adorar. Aquela mulher se arrastava todos os dias de sua casa até a sinagoga. Os sábios a conheciam, mas a ignoravam. Entrava e saia todos os dias daquele lugar de adoração, mas nada de diferente lhe acontecia.
Os fariseus estavam mais interessados em suas discussões teológicas do que as necessidades, as dores e o espírito de enfermidade que dominava aquela mulher há dezoito anos. Um demônio opressor causava a enfermidade nela, e sua religião não podia fazer nada. Aquela mulher entrava e saia atormentada todos os dias. É com pesar que digo isto, mas acontece o mesmo em nossos templos hoje. Os fariseus não tinham poder e autoridade porque também estavam encurvados, ainda não se tinham dado conta disso, mas estavam dominados por um espírito de religiosidade, de legalismo, de orgulho, de justiça própria e obras mortas.
Como um preso poderá libertar o outro? Como um cego poderá guiar outro?As sinagogas viviam cheias aos sábados, como se enche os templos hoje nos domingos, escutava-se um sermão eloqüente e um ensino de poder. Porem, sem a Glória (sheknah) de Deus, sem milagres, libertação, sem denunciar o pecado e as opressões do diabo, enfim, sem discernimento espiritual.
Podemos fazer o mesmo hoje, viver religiosamente, cantar, dançar, levantar as mãos, porem, ocultando pecados, correntes infernais e preservando os demônios em meio ás nossas reuniões.Esta era a triste condição daquela mulher, por 18 anos dentro das portas da sinagoga, fielmente ofertando, orando e escutando a palavra de Deus, porem, encurvada.
Geralmente, quando se coloca excesso de peso, a tendência é se encurvar. O peso que aquela mulher carregava era terrível, nem os familiares, nem os amigos e nem os religiosos podiam ajudá-la. No verso 11 diz: “... de forma alguma podia endireitar-se”. Por certo ela já tinha buscado algumas alternativas, mas se deu por vencida. Segundo alguns estudiosos, suas vértebras se fundiram e era impossível consertar.
E este é mais um engano de satanás.Será que uma encurvada há tanto tempo poderá se endireitar? Isso é possível? É melhor se conformar e continuar indo ao templo encurvada, pois não tem remédio mesmo! Este é um outro engodo do diabo. Prossiga encurvada com o peso desta ferida emocional, não tem remédio mesmo, nunca poderás endireitar-se, isso é impossível! Continue assim! Esse é o seu destino.
Na verdade, quando estamos encurvados, temos dificuldade de olhar para cima, e se conseguir por alguns instantes, é com muito sacrifício e segue o circulo vicioso. Aquela mulher encurvada, dobrada, escondia seus seios, sua face, tudo que lhe proporciona a produzir frutos estava oculto nela. O encurvado oculta o fruto que pode produzir para Deus. Enquanto está encurvado debaixo do peso que carrega... Enfermidade, pecado, ferida ou opressões, não poderá dar o melhor de si.
Alguma coisa aconteceu naquele dia, Jesus entrou na sinagoga. E Ele não se impressionou com aquele ambiente de religiosidade, ofertas, obediência rigorosa aos estatutos e ritos, nem a eloqüência da mensagem. Jesus entrou e seus olhos fixaram só em uma coisa... a mulher encurvada na última fila. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam juntas com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu. Jesus vê.
Seus olhos percorrem toda a terra, tua casa, teu trabalho, tua escola, o templo, etc. Naquele momento Ele olhou e pode recordar que quando ela nasceu era uma criança saudável, uma jovem produtiva, até que um dia o inferno a atacou e veio sobre ela uma opressão demoníaca e a encurvou e nos últimos 18 anos a subjugou.
Ao seu redor estavam os que diziam conhecer a Deus e servi-lo, os presunçosos observadores da lei de Moisés, os que se ostentavam em dizer que eram da linhagem de Abraão e detentores de todas as promessas de Deus, permitiam que uma irmã na fé vivesse em tal opressão. Jesus se referiu a ela como uma filha de Abraão.
Aquela mulher tinha que ser liberta. Jesus a chamou, houve silencio na sinagoga alguém sussurrou! “Que faz este homem chamando essa mulher?” Literalmente Ele disse: “você está sendo liberta deste espirito de enfermidade”. E para não ficar só na palavra, Ele lhe impôs as mãos e a libertou. 18 anos encurvada e agora volta a se endireitar. 18 anos sem poder trabalhar, dar frutos, levantar a cabeça e as mãos e, num instante, volta a endireitar-se.
É provável que ela tenha dito: “Tantos anos entrei e sai deste lugar. Cumpri com minha religião, fiz tudo o que me ensinavam, fiz minhas orações, sempre trazendo meus dízimos e ofertas e não esquecendo dos sacrifícios. Mas foi este Homem que consegui solucionar meu estado de dor e sofrimento e se compadeceu de mim e me endireitou”.
Não deveria haver encurvados, pois eles estão assim por falta de controle, por ex: enfermidade, feridas do passado, decisões mau tomadas, por pecados cotidianos ocultos que não foram confessados e por serem coniventes com aquilo que é abominável diante de Deus.
Os encurvados não podem produzir nem dar frutos, pois estão impossibilitados, é necessário serem curados primeiro.
Assim como aquela mulher, encurvada e sem remédio, existem muitos hoje freqüentando nossas igrejas e Jesus pode te dizer agora: homem, mulher; endireita-te. É tempo de andar ereto. Levanta esta cabeça. Pare de olhar para o chão, você não nasceu assim, olhe para cima. Você nasceu para andar direito e me glorificar. No entanto, endireita-te em meu nome, isto não é um pedido, é uma ordem.
Tomamos posse daquilo que Jesus já conquistou para nós.Deus te abençoe
Escrito por: Pr. Djalma Barros
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
E Deus Mudou de Idéia
Texto 2 Reis 20.1-11
Introdução:
Quem pode mudar a mente de Deus?
Quando olhamos para a vida do rei Ezequias, observamos no texto que Deus mudou de idéia em relação a sua saúde. O profeta Isaias disse pra ele colocar sua casa em ordem porque certamente morreria.
1) NEM TODAS AS COISAS QUE DEUS DECLARA A RESPEITO DO FUTURO SÃO TERMINANTEMENTE IRREVOGÁVEIS .
. Ezequias teve uma atitude diante de seu problema...
. Ezequias recebeu uma palavra de sentença da parte de Deus dizendo que ele morreria...
. Como você esta reagindo diante de situações semelhantes a essa do Rei Ezequias?
. Há pessoas que se entregam...
. Deixam de crer numa mudança sobrenatural de sua situação
. Perdem as esperanças relacionadas ao ato salvifico de Cristo na Cruz do calvário.
. A Bíblia diz que ele levou sobre si os nossos pecados e enfermidades...
. Precisamos usar nossa fé e orar, orar e orar e também se humilhar
Veja o que Ezequias fez: vs.2
“ Virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor, dizendo: Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo.”
“ e fez o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi , seu pai”...
. Removeu os altares
. Confiou no Senhor Deus de Israel
. Apegou-se ao Senhor
E o Senhor foi com ele
. Por causa de sua oração e vida Deus mudou de idéia:
2) E DEUS MUDOU DE IDÉIAS E O CUROU, ACRESCENTANDO MAS 15 ANOS DE VIDA AO REI EZEQUIAS.
. Devemos sempre manter a convicção bíblica de que a oração, realmente, muda as coisas (VS.4-7)
. As orações dos crentes têm efeito sobre Deus. O que acontece na vida das pessoas e da própria igreja é determinado por Deus e pelas nossas orações.
. O texto sagrado diz que antes de Isaias sair da região central da cidade; ele recebe uma ordem de Deus dizendo: Volta e diz a ele que eu mudei de idéia por causa da sua oração e suas lagrimas...
. E ainda depois de curá-lo Deus acrescentou mas 15 anos de vida a ele, dando o privilégio de clamar em favor de Jerusalém e livrar a cidade e o povo das mãos do rei a Assíria.
3) O QUE VOCÊ VAI FAZER DEPOIS DE RECEBER O MILAGRE DE DEUS
. Ezequias ainda teve o privilégio de continuar servindo esse Deus de milagres
. E depois de alguns anos o rei da assíria tenta invadir Jerusalém e insulta a Deus através de uma carta dizendo que como as outras nações caíram , Jerusalém cairia diante dele também.
. E Ezequias clama a Deus dizendo: 2 Reis 19: 14-19 nos livra Senhor e mostra a todos que só tu é o Senhor Deus.
. O que seria de Juda se o Rei Ezequias tivesse morrido naquela ocasião.
. Deus cura Ezequias e depois de quinze anos Deus o usa para interceder por Jerusalém e salvar o seu povo.
Conclusão:
. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus... o Deus que determina a morte , muda de idéia por causa da oração de um homem temente e faz dele um grande servo em suas mãos para a gloria de Deus.
. Não perca oportunidade, clame a Deus para ele mudar sua sorte, e depois de ter mudado faça conhecido o nome do Senhor...
sábado, 23 de agosto de 2008
Criação da Cruz
O Pai apresenta o plano da criação.
O Espirito chama atenção para o fato de que, não vale à pena criar quem vai se perder, pois isso os lançaria a inexistência, uma vez que romper com Deus, que tudo sustenta, é saltar para o nada.
O Pai afirma que haveria saída de responsabilizar-se pelos os homens, por toda a criação.
O Espirito levanta a questão de que tal decisão implicaria de que um deles teria que abandonar a glória, humilhar-se as condições desses seres caídos, triunfar aonde eles fracassariam e voluntariamente entregar-se a morte no lugar deles, e isso tinha que ser feito naquele ato.
O filho que participava da conversa disse que iria.
E a trindade com o mesmo poder que diria: Haja luz. disse: Haja Cruz. E o Deus filho se fez o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e com os demais membros da trindade sentiu a dor do sacrificio, do sofrimento, que a humanidade antes de existir impôs a Deus.
Se a trindade não tivesse em primeiro lugar dito: haja Cruz. não valeria a pena dizer: Haja Luz.
artigo extraido do seminário vivendo a graça de Deus- Ariovaldo Ramos
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Como encarar as crises da vida
Dificilmente poderemos responder à questão do sofrimento do justo. Na realidade, este não é o nosso propósito aqui. É preciso registrar algo, no entanto: os cristãos tem crises pessoais, e muitas vezes crises violentas. O próprio Jó viveu esse drama, o profeta Habacuque também entrou em profunda crise espiritual e existencial, porque via a injustiça do impio prosperar e o homem bom ser oprimido. No salmo 73 , Asafe, preocupou-se com o mesmo problema, chegou inclusive a pensar em abonandonar Deus.
O apostolo Tiago vai em sua carta nos mostrar a outra face do cristianismo, não o cristianismo teológico, cristólogico e escatológico, mas o cristianismo ético que nos alicerça para uma vida cheia de curvas sinuosas e que muitas vezes faz com que nós perdamos nossas forças .
Como ser um cristão em meio as crises? Tiago de uma maneira maravilhosa nos traz luz a um tema não muito popular nesses dias. Pois a enfase de grande parte das denominações é: Siga a Jesus e seus problemas se acabarão. Certa vez passando de onibus por um bairro de nossa região, vi um igreja com uma placa dizendo: Igreja Pentecostal Deus resolve Tudo!
Que evangelho é esse que não ensina as pessoas a vencer as crises da vida, a lutar em Cristo pela fé. Tiago é catégorico naquilo que diz respeito as crises humanas, no capitulo primeiro verso 2-3 diz; "que devemos ter por motivo de toda alegria o passardes por várias provações" . A proposta do autor canonico é preparar uma igreja madura e integra para enfrentar as várias provações da vida. E não de uma maneira triunfalista gerando uma pregação falsa em nossas igrejas. é mui verdade que também os cristãos passam por crises, enfermidades e tragedias. No obstante devemos tomar o conselho de tiago. Que é a alegria!
Isaltino Gomes em seu livro Tiago nosso Contemporâneo diz ; " A aprovação da vossa fé produz a perseverança". Na biblia linguagem de Hoje traduz o versiculo assim: "quando sua fé vence essas provações, ela produz perseverança".
O termo grego para perseverança significa; aquela virtude que faz avançar, mesmo sob pressão e golpes. Portanto as dificuldades vencidas nos faz triunfar em Cristo para uma maturidade na qual Tiago chama de perfeição. e supera-las é um símbolo da verdadeira santidade cristã.
Entretanto a atualidade nos faz andar na contra mão desse estilo determinista e "vitorioso" desses super pastores e apostolos que fazem acontecer , mexendo com uma teologia terrena e triunfal.
Fica este apelo a todos os leitores, será que a igreja brasileira é uma igreja madura e integra, provada e aprovada? que você possa responder essa pergunta refletindo na vida de Jesus que é identificado como servo sofredor no livro do profeta Isaias.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Vivenciando o poder do Evangelho
No entanto o que é demonstrado por muitas denominações evangelicas é uma propaganda pelos milagres e sinais . Será que o milagre não esta condicionado a uma vida de santidade? muitas vezes Jesus disse sua fé te salvou a fé deve ser colocada na pessoa certa e essa pessoa, não são "apostolos modernos", bispos e nem muito menos denominações. A fé deve ser depositada em Cristo.
Quando leio o livro de Atos dos apostolos vejo em todo o livro o Espírito Santo se manifestando para cumprir um objetivo maior do que apenas suprir uma necessidade humana, mas sim visando a proclamação do Cristo Ressureto. Veja o capitulo 8:4 , diz o texto que Filipe descendo a cidade de Samaria, anunciava-lhe a Cristo e as multidões atendiam , unânimes as coisas que filipe dizia... o texto é mais exato; dizia que enquanto ele anunciava a Cristo os milagres eram realizados naquele lugar; endemoniados eram libertos, paraliticos andavam e coxos eram curados.
Filipe estava numa cidade samaritana onde tinha um homem mágico que também fazia milagres e o povo também ouvia , porém a diferença era sua mensagem , o Cristo , o messias , o salvador e Senhor.
Se a igreja atual deseja ser uma igreja que cumpra seu propósito existencial é necessário ter uma mensagem cristocentrica e recheado do poder do Espirito Santo. Não podemos negociar nossa mensagem por causa de pressões denominacionais e nem mesmo por sórdida ganacia e nem muito menos por um crescimento numérico sem qualidade. Temos que ser arautos de uma mensagem poderosa: Cristo o verdeiro Senhor e salvador, te chama para ser filho, santo e participante de um reino cheio de glória.