segunda-feira, 10 de novembro de 2008

OS ATRIBUTOS DE UM DIÁCONO

O diaconato foi instituído na igreja cristã com o propósito de assistir as pessoas pobres da igreja. Foram escolhidos sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria (At 6.3). Dessa forma, os apóstolos que estavam assoberbados com esse serviço foram liberados para se dedicarem exclusivamente à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). Agora, o apóstolo Paulo nomina os atributos de um diácono (1Tm 3.8-10).

1. O diácono precisa ser um homem íntegro na conduta (1Tm 3.8)
– “Quanto aos diáconos, é necessário que sejam respeitáveis”. A vida do diácono é a vida do seu diaconato. Seu testemunho dentro e fora do lar é o alicerce do seu ministério diaconal. O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar
bem seus filhos e a própria casa (1Tm 3.12). O seu trabalho está plantado no solo de sua própria vida. O diácono precisa ser um homem irrepreensível na conduta e ter bom testemunho tanto dos membros da igreja como dos de fora da igreja.

2. O diácono precisa ser um homem íntegro na palavra (1Tm 3.8)

“... de uma só palavra...”. O diácono é um homem íntegro na palavra. Ele é um homem verdadeiro. O diácono é um homem que de coração fala a verdade; não difama com sua língua nem lança injúria contra seu vizinho. É um homem que jura com dano próprio e não se retrata (Sl 15.2-4). Sua palavra é sim, sim; não, não. Ele não transige com a verdade. Ele não mente, não dissimula nem negocia princípios absolutos.

3. O diácono precisa ser um homem íntegro na temperança (1Tm 3.8)

“... não inclinados a muito vinho...”. O diácono tem domínio próprio não apenas sobre a língua, más também sobre a bebida. Ele não é dominado pelo vinho, mas domina o vinho. Ele tem sobriedade. Ele não se embriaga com o vinho, no qual há dissolução, mas enche-se do Espírito (Ef 5.18).

4. O diácono precisa ser um homem íntegro nas finanças (1Tm 3.8)

“... não cobiçoso de sórdida ganância”. O diácono não pode ser amante do dinheiro. Seu coração não está posto em coisas materiais, mas em Deus. Ele não transige com sua consciência nem mesmo com os preceitos da Lei de Deus para levar vantagens financeiras. O diácono não faz do dinheiro o seu patrão. Ele pode possuir dinheiro, mas não é possuído por ele. Ele pode carregar o dinheiro no bolso, mas não no coração. A ganância é o desejo desenfreado de ter, a qualquer custo. Aqueles que assim procedem estão desqualificados para o diaconato.

5. O diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina (1Tm 3.9)

“Conservando o mistério da fé com a consciência limpa”. O diácono deve ser um homem fiel às Escrituras, sólido na doutrina, comprometido com a ortodoxia. Antes de sua ordenação ao diaconato, deve subscrever sua fidelidade irrestrita à Palavra de Deus e aos nossos símbolos de fé. Não podemos viver nem amar aquilo que não conhecemos. Não podemos liderar o povo de Deus se estamos claudicando na verdade. Não podemos ser exemplo para o rebanho se não conservamos o mistério da fé com a consciência limpa.

6. O diácono precisa ser um homem íntegro na maturidade espiritual (1Tm 3.10)

“Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”. O oficial da igreja não deve ser um neófito na fé. Ele não pode abraçar o diaconato irrefletidamente. Ele precisa ter consciência dos privilégios desse ministério e de suas imensas responsabilidades. O diácono, também, não pode ser um homem inconstante, imaturo e vulnerável. Antes, precisa demonstrar firmeza no propósito de servir a Deus e a seu povo. Se desempenhar bem o diaconato alcançará para si mesmo justa preminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus (1 Tm 3.13).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

QUERES SER CURADO?

Jesus estava em Jerusalém. Era a Festa dos Tabernáculos. O povo fervilhava nas ruas e por todos os lados se ouvia canções de alegria. Esta era uma das festas mais alegres do calendário judaico. Durante uma semana o povo vivia em cabanas na cidade de Davi. Jesus não fica de fora dessa importante celebração. Porém, ao chegar à cidade em vez de deter-se nos corredores da alegria, Jesus dirigiu-se ao tanque de Betesta, a Casa de Misericórdia, onde havia uma multidão de enfermos (Jo 5.1-18). Ali havia gente sofrendo, chorando, com a esperança morta. Jesus caminha por entre os cinco pavilhões daquele hospital público. No meio daquela multidão de enfermos havia coxos, cegos e paralíticos. Uma vaga possibilidade de cura, por intermédio de uma visitação angelical, mantinha aceso um fiapo de esperança no coração daquela gente sofrida. Jesus distingue no meio dos doentes um paralítico, que estava ali há trinta e oito anos. Esse homem era a maquete do desespero, o retrato da desesperança, a síntese do sofrimento de uma multidão enferma. Jesus perguntalhe: “Queres ser curado”? O homem responde com uma desculpa. Jesus, então lhe ordena a levantar-se, tomar o seu leito e andar. Aqui aprendemos três importantes lições:

1. Uma pergunta maravilhosa (Jo 5.6) – “Queres ser curado?” Nós temos doenças físicas, emocionais e espirituais. Precisamos de cura. É claro que todo doente quer ser curado. Mas, então, por que Jesus pergunta? É que podemos nos acostumar com a doença. Podemos também perder a esperança de sermos curados. Podemos como aquele paralítico, ser tomados por um profundo senso de abandono, dizendo que ninguém se importa conosco. Aquele que nos criou e nos formou de forma assombrosamente maravilhosa no ventre da nossa mãe, e tem todo poder, e toda autoridade no céu e na terra é quem pergunta a você: “Queres ser curado”? Ele tem não apenas o diagnóstico da sua doença, mas também a autoridade para curar você.

2. Uma ordem gloriosa (Jo 5.8) – “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Aquele homem estava preso numa cama há trinta e oito anos. Todos os dias ele nutria a esperança de ser jogado no tanque para ser curado. Todos os dias ele alimentava na alma o desejo de andar. Mas, sua doença era maior do que seu desejo. Estava dominado por um problema maior do que suas forças. Jesus, então, aparece e lhe dá uma ordem clara, incisiva e poderosa. O mesmo que dá a ordem, dá também o poder para cumprir a ordem. O mesmo que manda levantar é aquele que restaura a saúde. O universo inteiro ouve e obedece a ordem de Jesus. Ele manda e o mar se acalma. Ele ordena e o vento sossega. Ele dá uma ordem e o morto sai da sepultura. Ele manda um homem com a mão direita mirrada estendê-la e a mão do homem estica-se cheia de vigor. Ele dá uma ordem ao paralítico, e ele se levanta, e anda depois de trinta e oito anos de paralisia. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele também nos manda levantar e nos pôr de pé.

3. Um resultado milagroso (Jo 5.9) – “Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôsse a andar”. Sob a ordem de Jesus, o paralítico se levantou. A cura foi imediata, completa e cabal. Não foi um sugestionamento mental. Jesus não usou nenhum artifício místico nem lhe fez promessas enganosas. O milagre que Jesus opera é notório, verificável e público. Aquele homem cujos músculos estavam atrofiados, cujas articulações estavam definhadas, cujo corpo estava emaciado de ficar prostrado numa maca há mais de três décadas, coloca-se de pé e começa a andar. A cura entra em seu corpo. A vitalidade transborda de sua alma. Um milagre estupendo acabava de acontecer em sua vida. Jesus ainda visita a nossa Casa de Misericórdia. Ele ainda nos vê em nosso sofrimento. Ele, de igual forma, pode nos trazer consolo, esperança e cura.

sábado, 1 de novembro de 2008

PODE A CRIANÇA CRESCER SEM APANHAR?





Este livro trabalha a temática da punição física doméstica contra a criança. Tema delicado e polêmico, mas que precisa ser discutido pela sociedade.

O cenário escolhido para o desenvolvimento dessa história é o espaço de uma escola. É nela que as crianças passam a maior parte do dia.
Nesta história, os protagonistas – duas crianças conduzem os adultos a uma reflexão a respeito de duas questões:

§ Por que os pais batem nos filhos quando acham que eles fizeram algo de errado?
§ Qual a opinião das crianças sobre apanhar dos pais?

Desta maneira, refletir a questão do bater em criança é um jeito de fazer os pais pensarem sobre a construção ou reconstrução de suas relações com os filhos através do diálogo.

Paulo Pinto Alexandre possui Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007.
Especialização em violência doméstica contra a criança e o adolescente, USP/SP, 2004.
Mestrado em Ciências da Religião, UMESP, S.B.C., 1997.
Graduação em Psicologia (licenciatura e formação de psicólogo) pela UNESP/BAURU, 1993. Bacharelado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, 1986. Trabalha como psicólogo clínico em consultório particular.
Paulo coloca-se à disposição para palestras nas escolas e nas comunidades religiosas.

Correio eletrônico: palexp@uol.com.br

Mais informações:

Catálogo Virtual de Publicações

Para comprar este livro verifique na Livraria e Loja Virtual Asabeça se a obra está disponível para comercialização.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Projeto Minha Esperança


O que é o Projeto Minha Esperança?

Minha Esperança é um esforço evangelístico, para que cada crente do país alcance seus amigos, familiares e vizinhos com o evangelho da esperança em Jesus Cristo, convidando-os a vir à sua casa para assistirem a três programas de televisão e ajudá-los a crescer no Senhor e tornarem-se parte de sua igreja local, tão logo se convertam a Cristo.

O que é concretamente o projeto Minha Esperança e como se desenvolve?

É um projeto evangelístico que alcançará todo território nacional.
Cada igreja evangélica será convidada a desenvolver o projeto dentro do seu próprio contexto, somando-se ao conjunto de igrejas cristãs de todo país.
A mensagem de Jesus Cristo será transmitida pela televisão por três noites consecutivas através de uma rede de alcance nacional e em horário nobre.
Nas duas primeiras noites será apresentado um programa de meia hora cada. O conteúdo incluirá uma mensagem evangelística, pregada na primeira noite por Billy Graham e, na segunda noite, por Franklin Graham, além de um testemunho impactante e música cristã.
Na terceira noite será transmitido um atraente filme, produzido pela Associação Evangelística Billy Graham, com uma poderosa mensagem de esperança em Cristo.
Todas as igrejas receberão treinamento, capacitação, materiais e orientação a fim de alcançarem o maior número possível de lares envolvidos e capacitados onde o evangelho possa ser escutado.
Cada crente, em cada igreja, poderá participar de forma ativa, por meio dos passos indicados no folheto de Mateus e seus amigos, apresentando conjuntamente com Billy Graham e Franklin Graham a mensagem da esperança em Cristo por ocasião das transmissões.
Como resultado, dezenas de milhares de cristãos estarão capacitados para compartilhar o evangelho com amigos, familiares e vizinhos.

Preparo e mobilização


Uma sede nacional foi estabelecida em São Paulo para coordenar o projeto. Estamos pedindo a Deus que milhares de igrejas se preparem para este poderoso impacto evangelístico nacional.
Cada fase tem importância singular, mas a oração e a estratégia Mateus e seus amigos são o coração do projeto.

Que toda a igreja do Senhor Jesus Cristo, possa se envolver nessa grande evangelização em territorio nacional pela televisão. Que o Senhor Deus possa ser anunciado como rei e salvador em nossa terra.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Perguntas sobre namoro e sexo

1) Hoje namoro sem sexo não é namoro. Como o jovem/adolescente crente pode enfrentar essa pressão da sociedade?

Existem muitas maneiras.

1. Primeiro o jovem precisa ter uma profunda experiência com Deus. O amor a Deus tem que ser maior do que o amor à garota.
2. Nutrir-se da Palavra de Deus e freqüentar a igreja.
3. Orar e receber o poder do Espírito Santo diariamente.
4. Cultivar a moral e a ética.
5. Praticar exercícios físicos.
6. Ocupar a mente e o corpo, a ociosidade sempre o leva a procurar lugares e pessoas que não o ajudarão e a pratica do erro.
7. Não ficar sozinho com a menina por muito tempo.
8. Saber que Deus dá o escape nos sonhos, o que a Bíblia chama de acidente ou poluição noturna.

2) Por que se fala pouco sobre sexualidade entre solteiros na igreja e continuamos a ver adolescentes grávidas nas igrejas?

Quem fica grávida quase sempre e uma boa ou “boba” menina. As “espertinhas” usam pílulas ou levam uma camisinha na bolsa. Sexo na igreja ainda é um tabu. Alguns não falam por preconceito, medo ou ignorância. Eles realmente não sabem como abordar o assunto de forma limpa, saudável e didática. Para eles sexo e sujo e pecaminoso. A santidade do sexo é renegada e espúria. Sexo e visto como algo criado pelo próprio diabo, o que não é verdade.

3) Como os pais devem orientar seus filhos na vida sexual?

De forma clara, sem preconceitos, com total liberdade; não tornando impuro o que Deus santificou.

4) Sexo antes do casamento é pecado? Por quê?

O ato sexual é a consumação da união. O casamento não se consuma na igreja ou no cartório. De fato, a união se realiza na consumação do ato sexual. Ora, se alguém se une a outro alguém sexualmente, na verdade está casado com essa pessoa. Se existe amor a ponto de praticar sexo, por que não casar? Se não existe amor para casar, por que praticar sexo?

Quem ama quer praticar sexo com a mesma pessoa por toda a vida e não apenas uma vez ou outra. Sexo sem amor dura 30 minutos. Sexo de quem ama dura 30, 40 anos.

5) Pesquisas apontam (do Unicef é uma) que metade dos adolescentes meninos já tiveram a primeira relação sexual – isso antes dos 15 anos. O que tem levado os jovens a iniciarem a vida sexual tão cedo?

A mídia ensina que nada há de errado em sexo livre. Não se ensina abstinência sexual, ensina-se a prática do sexo apelidado de seguro. Seguro para quem? Previne-se o HIV, mas não se previne a deterioração das emoções, a perda do sagrado que existe dentro de todo ser humano, que é maculado por um prazer momentâneo. Usar e abusar do outro não é errado, afirmam muitos, desde que se use camisinha, desde que a garota não engravide.

Os jovens não recebem o vírus do HIV, nem a semente da fecundação, mas carregam dentro de si um germe muito pior, o da culpa, da falta de vergonha, do egoísmo e do pecado. E o pecado gera a morte, não a morte física, mas espiritual.

Quem ama não usa. Existe um tipo de sujeira que água e sabão ou propaganda favorável não pode lavar.

6) Considerações?

Podem me chamar de quadrado, mas as pirâmides do Egito foram feitas de quadrados e estão em pé até hoje.

Ou lutamos pelo casamento, pela família e pelos valores que construíram as grandes civilizações, ou a sociedade só terá um destino: o fracasso.

Silmar Coelho

A tragédia não é o fim

A Bíblia conta em 2 Samuel 9 a história de Mefibosete. Sua vida foi cheia de tragédias. Quando ele tinha cinco anos, mataram seu avô; no mesmo dia, mataram seu pai. Como se não bastasse, a babá, querendo protegê-lo, o pegou nos braços e saiu correndo para escondê-lo. Ao fazer isto, ela tropeçou e deixou o menino cair no chão. Ele quebrou as duas pernas e nunca mais andou. Mefibosete foi então escondido. Quem o escondeu pensava estar protegendo-o do novo rei, Davi. Pois pensava que Davi queria matá-lo por ser Mefibosete o herdeiro do trono. Mefibosete, que nascera para ser um príncipe, morar no palácio, e desfrutar de uma vida formidável, vivia escondido numa casa emprestada, que não era sua, solitário e sem comunicação. No entanto, Davi, o rei, fizera uma aliança com o pai de Mefibosete, Jônatas, e prometera cuidar e proteger todos os seus descendentes. Mefibosete, por pensar que Davi o procurava para o mal, mais se escondia. Quando Davi o descobriu, mandou um dos seus servos buscá-lo. Ziba foi ao encontro de Mefibosete e o carregou nos braços de volta ao palácio. Davi restaurou a vida de Mefibosete e lhe devolveu tudo o que ele tinha direito. Mefibosete passou a viver lado a lado com o rei.

Todas as nossas tragédias fazem com que nos escondamos também. Pensamos que o Supremo Rei nos abandonou e ficamos com medo ou raiva, não entendendo porque este Rei amoroso permite que coisas horrendas nos aconteçam. O grande Rei fez uma aliança com seu filho Jesus. Ele também prometeu cuidar de você. Ele enviou o Espírito Santo para nos achar, buscar e trazer para o seu palácio. Em sua presença todas as nossas dores são curadas, nossos sonhos são realizados, nossas amarguras dissipadas, e nossas lágrimas enxugadas.

Não posso explicar porque tragédias acontecem com gente boa. Alguns dizem que é o destino, não creio; outros dizem que é castigo, mas que mal fez Jesus para morrer na cruz? Ainda outros dizem que estamos sendo purificados. A verdade é que muitos de nossos sofrimentos não têm explicação plausível.

O que posso afirmar com segurança é que o Rei está a sua procura. Ele quer abraçar-lhe, cuidar de você, realizar seus sonhos, e mudar sua história. Nenhuma tragédia é final. Tudo pode ser mudado. Quando cremos nisto, quando mantemos a esperança viva, quando não desistimos da vida, quando aceitamos o amor de Deus, temos as forças renovadas.

Como ministrar a outros se nos sentimos feridos? Do mesmo modo que Jesus salvou o mundo através de suas chagas. Pois se o grão de trigo não morrer fica ele só, mas ao morrer o grão de trigo produz muitos grãos.

Assim podemos consolar os outros com as mesmas consolações com que fomos consolados. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza.

Creia, a partir de você uma história de paz, amor, vida, e esperança começa a ser escrita. A tragédia não é o fim.

Dr. Silmar Coelho

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Familia um projeto de Deus

Deus estabeleceu a família como a base da sociedade, reconhecida jurídica e institucionalmente e formada pela união de Homem e de Mulher como potenciais descendentes de filhos e filhas.
Família Forte, igreja forte, igreja forte , sociedade forte....mas hoje não tem sido assim o conceito de família se relativizou (conseqüência do pensamento pós moderno).

Três pilares da pós-modernidade que tem destruído as famílias cristãs.

1. É O RELATIVISMO - Palavra Chave: Desordem

a) O relativismo é o pilar fundamental da condição pós-moderna
b) Este pilar coloca em xeque o conceito principal do cristianismo A VERDADE
c) o pensamento liberalismo estabelece que não existe mais uma verdade absoluta a se buscar, o caminho a percorrer e a vida a se viver.
Pois a verdade pós moderna é ilusiva, subjetiva; depende do observador ou seja depende da ótica de quem analisa. Tudo depende do observador.
d) em síntese: para a pós modernidade não há espaço para Deus na vida do homem
e) a conseqüência desse pensamento relativo que a pós-modernidade nos oferece é a desordem nos principais aspectos da vida e família cristã:

Do mesmo modo se deu como o conceito de casamento (o homossexualismo)
De honestidade (Fidelidade)
De sinceridade (A verdade)
De bem/ mal (ética)
Verdade/ mentira (Moral)
Belo / Feio (estética, status)
Certo/errado ( Princípios)
Comportamento ético/ Anti-ético (Modelo, padrão, santidade)
Responsabilidade/ Irresponsabilidade (caráter)
Submissão/ rebeldia e etc...(Obediência)
O pensamento pós-moderno relativista o homem diz: o absoluto SOU EU. Eu determino o que é absoluto ou não exatamente contrário ao pensamento cristão que diz que EU SOU é Deus.

2. É O LIBERALISMO- Palavra chave: libertinagem

a) o liberalismo esta para o relativismo como a “verdade” , “o caminho” e a “vida”estão para o cristianismo.
b) se tudo é relativo e depende do referencial, de modo que não existe uma “verdade”, um “caminho”, e uma “vida” a serem seguidos, então é porque somos todos livres para realizarmos as nossas escolhas independente de padrões e paradigmas que são estabelecidos pelo cristianismo.
c) a palavra chave é desordem e libertinagem
d) a pós-modernidade faz com que o homem tome atitudes baseadas na sua pseudo verdade, passando por cima de padrões e regras estabelecidos por Deus para a família.
e)como o respeito, o compromisso, a fidelidade, a verdade, e a fé em Deus.
f)como seria a família cristã sem as regres de conduta moral que a bíblia nos ensina?

3. É O HEDONISMO- Palavra chave: prazer desenfreado

a) É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável. Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. A teoria socrática do bom e do útil, da prudência, etc, quando entendida pela índole voluptuosa de Aristipo, leva ao hedonismo, onde toda a bem-aventurança humana se resolve no prazer.

b)Deus estabeleceu a família para ambos marido e mulher serem um; ou seja a unidade da família é centrada no bem estar de todos os membros e não apenas de um só.

c)O individualismo tem gerado casais infiéis
d)A busca do prazer desenfreado para si
e) A busca do ter
f) São frutos de uma sociedade marcada pela pós modernidade
g) O mercado também é um deus que tem feito muitas famílias a si distanciarem de Deus.
h) As pessoas estão cada vez mais egoístas e individuais
i) Em síntese: o que somos hoje é: seres egoístas que se preocupam tão somente com a satisfação dos nossos interesses, sem olhar e se importar com o próximo.


Mas em contra partida o que a bíblia ensina sobre a família?

1. A Família é um projeto de Deus
2. Ele estabeleceu homem e mulher
3. Ele estabeleceu que o único meio de formar uma família é através do matrimonio entre homem e mulher
4. O sexo é para o prazer de ambos e não de um só
5. Estabeleceu padrões:
6. Santidade, fidelidade, educação cristã, obediência, fé
7. E sobre tudo estabeleceu uma relação entre Deus e o homem através de Jesus Cristo...
8. Se desejamos ter uma igreja forte, precisamos sair desse conceito maligno que é a pós-modernidade e convidarmos urgentemente a pessoa de Deus para viver entre nós.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ore pelos indianos!!!!

Depois do masacre de Cristão na Índia...

São quase 200 os mortos na tragédia do templo indiano (Hindu)

JODHPUR, Índia (AFP) — O número de mortos na tragédia ocorrida na terça-feira em um templo hindu do estado do Rajastão, norte da Índia, subiu para 194, infomaram nesta quarta-feira o chefe da polícia local. No último balanço estabelecido, eram 149 as vítimas do pisoteamento. A tragédia aconteceu às 6H00 locais no templo de Chamunda, dentro do forte Mehrangarh, onde pelo menos 25.000 peregrinos estavam reunidos para participar em uma festa hindu.
A correria começou quando um muro do edifício desabou, matando vários peregrinos e desencadeando o pânico geral, explicou à AFP o secretário do Interior do estado do Rajastão, S.N. Thanvi. As pessoas pisoteadas morreram esmagadas ou asfixiadas, segundo fontes oficiais. A Índia tem população de 1,1 bilhão de habitantes, sendo 80% deles hindus e 14% muçulmanos. Este período do ano está voltado para os preparativos da grande festa hindu das luzes, Diwali, prevista para 28 de outubro, que marca o Ano Novo segundo o calendário religioso. Em plena época de festividades religiosas, os acidentes são freqüentes em templos lotados de fiéis, onde são praticamente inexistentes as medidas de segurança.

A avalanche humana de Jodhpur é a quarta deste ano na Índia. No início de agosto, 150 hindus morreram pisoteados nas mesmas condições em um templo do estado de Himachal Pradesh (sul), depois que começaram a circular boatos sobre um deslizamento de terra na região. Um mês antes, seis peregrinos morreram durante uma festa hindu com um milhão de fiéis no estado de Orissa (leste). Outros nove faleceram em março no centro do país em uma correria de 100.000 pessoas. O incidente desta terça-feira é já apontado como um dos mais graves dos últimos anos em território indiano. O último caso de pânico num templo hindu remontava ao início de Agosto, quando 140 peregrinos morreram espezinhados no Estado de Himachal Pradesh, no Norte da Índia. Em Janeiro de 2005, 257 pessoas morreram em circunstâncias semelhantes durante uma peregrinação hindu a Sul de Bombaim.

domingo, 5 de outubro de 2008

Transei e agora?

Olhares se cruzam; a pequena chama está acesa. A conversa, a princípio inocente, vai dando lugar as carícias. O desejo, quase incontrolável, afogueia o corpo dos apaixonados. Agora, o segurar das mãos não é o bastante. Os abraços são seguidos de beijos longos e apaixonados. Como a intimidade não tem volta, ela é cada vez mais crescente, dominadora, exigindo mais, abrindo as portas do “jardim fechado”, revelando sensações adormecidas, até acontecer o que parece inevitável. Eles se entregam um ao outro. Os dois seres são arrastados pela torrente irrefreável do prazer. Eles chegaram a um ponto que parece impossível de voltar. Na verdade, neste momento, eles não querem voltar. Eles não pensam em nada a não ser neste momento. Possuídos pelo desejo, eles consumam o ato. De repente tudo acaba, eles voltam a realidade. Sobressaltados, eles nem sabem o que fazer. E agora?

Eles se ajeitam o melhor que podem. Sem conseguirem se encarar, eles correm para casa e se trancam no banheiro. Num banho demorado, ela tenta lavar o que não poder ser limpo com água. Não há como negar que o que sentiram foi algo extraordinário. Mas, se o que eles fizeram foi tão maravilhoso, porque um sentimento estranho e incomodo desassossega os amantes? Porque dentro deles uma pequena voz importuna a consciência? Porque, como Adão e Eva, eles também desejam se esconder? Porque é tão difícil encarar os pais no outro dia? Porque aquilo que foi tão lindo, agora parece tão feio?

Os namorados se evitam. Eles sabem que se ficarem a sós por uns minutos tudo vai acontecer outra vez. Depois da primeira vez exercitar domínio próprio é dificílimo. Muitas opções inquietam o dia seguinte. O que fazer? Continuar transando? Alguém pode descobrir e ainda tem o risco de gravidez. Terminar o namoro? Nem pensar, eles se amam! Casar como? Eles ainda têm a faculdade. Contar para os pais? Qual vai ser a reação deles? De jeito nenhum, os pais são uns quadrados; eles nunca vão entender. Procurar um amigo? Onde encontrar este amigo que vai manter o segredo e que tem uma palavra salvadora? Confessar ao pastor? E se ele levar o fato ao conhecimento da igreja? E se ele simplesmente excluí-los da igreja? Aí todo mundo vai ficar sabendo.

O jeito é esconder. Mas no sermão de domingo
o texto lido não podia ser pior. “Aquele que esconde o seu erro ficará com seus ossos secos, mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia”. Confessar a quem? A Deus, ao pastor, a igreja, um ao outro. Será que temos mesmo que confessar? Nossa entrega foi por amor! Simplesmente atendemos o chamado da própria natureza! Quem colocou este desejo dentro de nós foi o próprio Deus! Afinal, vamos nos casar! Além disto tudo, todo mundo faz! Porque só nos dois é que temos que nos controlar?

Seus argumentos são válidos e bem colocados. No entanto, dentro deles o desassossego permanece. Uma culpa crescente destrói-lhes a paz. Uma tristeza profunda aborrece os momentos que antes eram felizes. Um silêncio irritante os faz ouvir seus próprios pensamentos. E agora?

A decisão a ser tomada vai depender do quanto você está comprometido com Deus. Para quem vive sem Deus é muito normal transar. Eles simplesmente transam e pronto. A filosofia deles é: “viva e deixe viver”. Estas pessoas afirmam categoricamente. Nada é ruim se é bom para mim mesmo. Se engravidar faz um aborto e pronto. E daí se os pais descobrirem? Se der certo casamos, se não separamos! Minha consciência de nada me acusa! Não temos nenhuma satisfação a dar a sociedade! Cada um cuide da sua vida! Não dou o direito de ninguém se meter onde não é chamado!

Outras pessoas já conhecem a Deus, mas mesmo assim ainda não permitem que Deus controle todas as áreas de sua vida. Embora estas pessoas queiram fazer o que é certo, elas ainda continuam a fazer o que lhes agrada e domina. Elas procuram ter um relacionamento com Deus, mas elas vivem em altos e baixos. Conseguem não transar por algum tempo. Procuram a ajuda de Deus com veemência. Por alguns dias, elas conseguem vencer até caírem na mesma falta. As constantes quedas produzem cristãos fracos, raquíticos, anêmicos, com uma auto-estima doentia. Das duas uma, eles se conformam e continuam vivendo este tipo de vida ou se tornam hipócritas e aparentam viver aquilo que no fundo não vivem. Paralelamente a pública e supostamente santa vida cristã, eles vivem uma vida ambígua, deformada, e muitas vezes intolerante com o pecado os outros. Eles pecam, vivem como se não pecassem, e condenam os que pecam.

Em terceiro lugar, existem aqueles que sinceramente querem andar com Deus. Por mais que eles tenham milhares de argumentos válidos para se autojustificarem, eles reconhecem que pecado é pecado. Eles não são nem mais nem menos pecadores que todos os outros. A diferença é que estes não querem permanecer no pecado. Para eles o pecado é um acidente de percurso. Eles pecam porque são pecadores, mas eles não sentem prazer no pecado. Eles reconhecem que só existe uma maneira de lidar com o pecado. Vejamos um exemplo:

Ao soar a campainha, abro a porta sorridente. “Como vai Maria? Entre, o que posso fazer por você?” Pergunto eu olhando nos seus olhos já prevendo o pior. Maria foi criada na igreja e lidera os adolescentes. Seus pais também são líderes na igreja. Seu olhar triste e cabisbaixo revela que algo vai mal. Para ela é difícil falar; portanto eu faço tudo o que posso para não dificultar as coisas. Não quero tornar o assunto mais penoso para ela. Depois das primeiras palavras trôpegas e sussurrantes Maria confessa: “Pastor estou grávida, que vou fazer agora?” Maria não consegue controlar as lágrimas. Mesmo ouvindo histórias como esta durante todo o meu ministério, não consigo acostumar-me.

Meu coração de pastor se enche de amor por Maria. Com voz embargada e firme lhe digo: Maria você tem duas opções. A primeira delas é não fazer absolutamente nada. Ao confessar para mim, você está confessando para o próprio Deus. Deus ama você e certamente lhe perdoa. Pecado confessado é pecado perdoado. No entanto, seu estado vai se tornar público. Sua barriga vai crescer. Como você mesma sabe, as pessoas vão começar a criticar. Seus pais irão ficar chocados, tristes, e magoados, tanto com você quanto com aqueles que a acusarem. Alguns vão cobrar do pastor uma posição. Como você é líder na igreja, eles vão exigir que você não lidere mais e até seja disciplinada. Ou, eles irão me chamar de conivente, que aceito pecado dentro da igreja. A igreja vai sofrer com o disse-que-disse. Seus pais vão partir acertadamente para sua defesa. Eu sofrerei pressões de todos os lados. Você ficará mais ferida do que já está. Seu namorado por não ser da igreja, ficará tão chateado com estas atitudes dos crentes que provavelmente nunca mais pisará numa igreja.

Maria me olhou desconsolada e me perguntou: “Que outra opção eu tenho?”

Suspirei fundo e continuei. Você vai entrar no meu carro e vamos até a sua casa. Você vai confessar tudo para os seus pais. Eles ficarão atordoados, mas irão aceitar. Eu os conheço muito bem; eles a amam profundamente. Além disto, estarei ao seu lado todo o tempo para o que der e vier. Já que você quer se casar com seu namorado, diga aos seus pais que você não pode casar sem a bênção e o perdão deles. É impossível construir uma família saudável e feliz sem a comunhão das pessoas as quais amamos. Domingo você virá a igreja. Vou lhe chamar diante de todos juntamente com seus pais. Vamos falar abertamente o que aconteceu. Quem pode acusar aquele que confessa? Que acusador não ficará corado de vergonha diante dos seus próprios pecados e do Deus que conhece o que ocultamos dentro de nós? Pode ter certeza, eu vou protegê-la. Ninguém vai lhe acusar depois disto. Nenhuma culpa vai ficar na sua alma. Seu filho vai nascer de um ventre sem mágoas ou amarguras. Pode ter certeza que todos vão entender e ajudar.

Maria respondeu: “É assim que vou agir!” Fui madura o bastante para ficar grávida, vou ser madura o bastante para confessar e assumir o que fiz.

O encontro com os pais de Maria foi comovedor. Com coragem e firmeza ela abriu o coração. Eles se abraçaram, choraram, e acariciaram um ao outro. Emocionado os envolvi com meus braços e fiz uma oração de gratidão a Deus. Ele estava usando um acontecimento inesperado e trágico para restaurar e trazer cura, não só a Maria, mas a seus pais e a igreja.

No domingo lá estava Maria sentada ao lado dos pais no primeiro banco. No momento certo, os convidei ao altar. Passei meu braço por sobre os ombros de Maria. Com voz embargada me dirigi à congregação. Aqui está Maria. Todos a conhecem como membro e líder nesta igreja. Maria pecou! Ela está grávida e vai casar-se em breve. Maria procurou a mim e a seus pais. Ela não quer esconder nada. Ela não vai afastar-se da igreja. Muito pelo contrário, é exatamente neste momento crucial que Maria precisa de nossa ajuda. Quem aqui presente pode acusá-la? Somente aquele que não tiver pecado pode atirar a primeira pedra. Vamos continuar amando a Maria. Vamos fazer um “chá de bebê”. Vamos receber esta criança como uma dádiva de Deus. Maria vai casar e celebraremos este evento com alegria. Se alguém comentar, fofocar ou acusar Maria vai ter uma boa e franca conversa comigo.

A emoção contagiou o ambiente. A presença de Deus era real e abundante. Muitas pessoas cercaram Maria com carinho, lágrimas e solidariedade. Maria foi restaurada. Ela concebeu uma linda e robusta menina. Seu nome é Graça, que significa “presente que não merecemos”. Depois de um casamento foi memorável, o marido de Maria foi tocado profundamente pelo amor da igreja e se rendeu a Jesus. A igreja saiu fortalecida. Maria experimentou o poder transformador do perdão. O Evangelho de Jesus foi praticado e Deus ficou imensamente feliz com a atitude dos seus filhos.

Transar todos querem! Que transar é bom ninguém tem dúvida! O que fazer depois? Eis a grande questão. Tudo vai depender de você. A atitude que você toma no dia seguinte é fundamental. É esta atitude que vai determinar o seu futuro e felicidade. Você pode simplesmente tapar a voz da consciência, usando para isto a muita ocupação, a diversão, os vícios, e desculpas esfarrapadas, ou até mesmo com uma nova transa. Entretanto, este modo de agir produzirá angústia e tormento. Somente uma atitude honesta, sincera, e responsável vai conduzir você a verdadeira felicidade. Não tenham pressa. Seu maravilhoso e sublime momento de amor vai chegar. Esperem pela hora e pessoa certa. Não maculem seu futuro, carregando vida afora as marcas dos fantasmas do passado. Quando chegar o esperado e mágico momento, vocês descobrirão que ao invés de apenas transar, vocês estarão realmente fazendo amor, numa entrega por inteiro, sem traumas ou culpas, em completa e doce paz, casados e plenamente realizados.

Dr. Silmar Coelho

Tô a fim de namorar !

Dr. Silmar Coelho Coisa boa é namorar! Quem já não sofreu de "apaixonite" aguda? Quem já não sentiu um nó na garganta e as mãos suadas ao trocar um olhar com a pessoa por quem o coração bate incontrolável? Existe um momento na vida de todos nós que namorar é quase uma obsessão. Tenho doces recordações do meu tempo de namoro.
Namorar é maravilhoso! É impossível casar sem namorar. É nesta fase da vida que duas pessoas irão se conhecer, trocar confidências, abrir o coração um ao outro, preparando-se para uma definitiva vida a dois. Este desejo é legítimo e realizá-lo torna-se imprescindível para o casamento. Foi Deus quem marcou o primeiro encontro dos enamorados, foi Deus quem ascendeu à lua, orquestrando os pássaros, e preparando todo o cenário para o primeiro casal de apaixonados. Deus se alegrou quando viu os olhares lânguidos do primeiro casal. Ele ficou feliz em ver os rostos dos apaixonados se iluminarem pelo amor. Sorrindo, Deus os abençoou.
Namorar é preciso! No entanto em busca deste necessário e legítimo desejo, muitas pessoas encontram sofrimento e decepção. Na aspiração de realizar sonhos e encontrar a felicidade algumas se tornam amarguradas e feridas; enquanto outras abusam, usam e se aproveitam dos corações vulneráveis. Como, então, evitar complicações futuras?
Nasci em Petrópolis, Rio de Janeiro; lá existem muitos poços, onde aprendi a nadar com meu pai. Papai me ensinou uma simples, sabia e essencial verdade para nadar e sair vivo de um poço. Nunca mergulhe num poço sem antes dar uma "nadadinha" primeiro. Descubra se o poço é fundo, se existem pedras no fundo. Quem pula de cabeça num poço pode acabar morrendo.
Este conselho simples se aplica muito bem no namoro. Todo aquele que "pular de cabeça" numa relação, sem conhecer a fundo com quem esta se relacionando, analisando os prós e os contras, pode acabar se ferindo gravemente. O difícil é controlar o desejo e ter o bom senso de dar a "nadadinha". A tendência de todos nós é mergulhar com a "cara e a coragem". "Estou amando! Encontrei o homem/mulher da minha vida", afirmamos imediatamente, partindo "pra cima" praticamos uma intimidade sem volta, crescente e perigosa. A Palavra de Deus, sabiamente afirma em Provérbios 6:27 "Tomará alguém fogo no peito, sem que as suas vestem se incendeiem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?" Muitos dissabores e mágoas seriam evitadas se o sábio conselho de meu pai fosse obedecido.
Outro ponto crucial é que a vida nos sinaliza quando algo não vai bem. A febre é um "sinal" nos alertando que alguma coisa está errada dentro de nós. O ranger constante de um carro que não consegue dar partida, também é um "sinal" de que o carro vai acabar nos deixando no meio do caminho. A desobediência aos alertas que recebemos ao longo da vida produz problemas que poderiam se evitados. Jesus afirmou: "Chegada à tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado; e, pela manhã: Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Sabeis na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mateus 16:2-3).
É possível prevenir crises e encontrar o amor da sua vida. Para isto, basta apenas dar ouvidos a "certos sinais", que soam como um "despertador", nos alertando dos perigos. Ao ouvir, entender, e obedecer estes "sinais de alerta", você pode escolher um outro caminho, fazendo pequenas mudanças. Desta maneira, levar seu namoro a um seguro caminho de amor. Eu aprendi desde cedo que todos os aspectos da vida são influenciados pelas escolhas que faço. As circunstâncias e acontecimentos da vida são muitas vezes uma "sacudidela" para nos despertar. Somente chegaremos ao fim da jornada se acordamos e mudarmos de rumo. Quando teimosamente continuamos no mesmo caminho e atitude, a despeito dos sinais de alerta para mudarmos de rumo, certamente teremos experiências amargas e desastrosas.
Provavelmente a maioria de vocês assistiu ao filme "Titanic". O experiente capitão do Titanic recebeu seis avisos de alerta. Os avisos diziam para ele viajar mais devagar, mudar o curso, pegando a rota mais ao sul, onde as águas eram mais quentes, evitando assim os icebergs. Ele ignorou teimosamente todos os avisos de alerta. Como ele era o capitão, ele pensou, "Este navio nunca afundará!" Então, ouviu-se um estrondo pavoroso, e o gigante e poderoso navio atingiu uma enorme montanha de gelo. Ele afundou rápida e desastrosamente. Quem não muda de rumo quando recebe um sinal de alerta é candidato ao desastre. Quem muda o curso de sua vida quando avisado pode evitar o desastre e celebrar a viagem.
Este é um tremendo princípio que podemos aprender do Titanic. E este é também o maior de todos os segredos para fazer com que o amor dure para sempre. Esteja atento aos sinais de alerta da sua caminhada; dê ouvido a estes sinais; abra bem os olhos para enxergar estes avisos. Assim, você poderá mudar de rumo rapidamente, sem comprometer sua felicidade.
No entanto, quando estamos apaixonados, muitas vezes, nossos ouvidos ficam fechados aos inúmeros sinais de alerta que a própria relação nos oferece. Vejamos alguns sinais de alerta que afirmam que a relação precisa ser repensada.

1. O rapaz grita com a mãe. Ele vai gritar com a esposa.
2. Existe um descontrole financeiro no namoro, vai haver no casamento.
3. O namoro os afasta da vida com Deus.
4. Ele é violento.
5. Ela não permite que ele converse com outras meninas.
6. A paixão causa sofrimento, é doentia.
7. Alguém não se dá com a própria família ou com a do outro.
8. Um dos dois não é cristão.
9. Um dos dois não se envolve com a igreja.
10. A intimidade está indo longe demais.
11. Culpa
12. Discussões constantes
A lista é imensa. Certamente, enquanto você lê este artigo os "sinais de alerta" já estão despertando a sua consciência. Muitos apaixonados perdem o bom senso. Eles fecham os ouvidos e os olhos para estes sinais, quando acordam é tarde demais. O que começa errado acaba errado.
Caro leitor vá devagar, não "mergulhe de cabeça" numa paixão desenfreada ou você pode se dar mal. Ouça os sinais de alerta a sua volta! Mude de rumo, ou você vai "afundar". O desejo de Deus é a sua total felicidade. Permita que Ele guie a sua vida amorosa. Ilumine os seus passos com a luz da Sua Palavra. Busque a Sua amorosa direção e na dúvida não ultrapasse.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Oração sacerdotal

Mateus 6:9-15

1.Pai nosso

O conceito de Pai sumariza a fé crista:
a.Marca uma relação com o mundo espiritual:
Um dos grandes alívios que o cristianismo traz a mente é a certeza que existe apenas um Deus. Hoje ainda se acredita em hordas de deuses,
b.Marca uma relação com o mundo visível:
c.Se Deus é Pai, isso sela nosso relacionamento com os homens:
d.Se Deus é Pai, isso sela nosso relacionamento com nós mesmos:
e.Se nós acreditamos que Deus é Pai, isso sela nosso relacionamento com Deus:

2.que estás nos céus

Deus não é apenas nosso Pai, Ele é o nosso Pai que está nos céus. Notemos 2 grandes verdades:
a.Nos lembra da Sua Santidade:O amor de Deus não é negociável, e não pode ser sentimentalizado com a idéia de que e será uma desculpa para uma fácil religião.
Ele é nosso Pai que está nos céus. O amor está lá e a santidade também.
Lembre-se de que devemos nos apresentar diante de Deus com reverência e adoração.
b.Nos lembra do Seu Poder: Nós podemos amar uma pessoa intensamente mas podemos ainda viver a frustração de não podermos ajudá-la, porque somos impotentes. Mas quando falamos “Pai nosso que estás nos céus” colocamos duas coisas lado a lado: o amor de Deus e o Seu poder. Nós estamos dizendo que o poder de Deus é motivado pelo Seu amor, e sendo assim, Seus planos não podem ser frustrados ou derrotados.

3.santificado seja o teu nome

Nesse caso santificado foi traduzido do verbo grego: hagiazesthai, que significa tratar uma pessoa ou uma coisa como hagios. Hagios é a palavra que usualmente se traduz como santo, mas o sentido básico é separado, diferente. Um sacerdote é hagios porque ele é separado dos outros homem. Então, quando dizemos, santificado seja o teu nome, dizemos: que o Teu nome seja tratado diferentemente dos outros nomes, seja dado ao nome de Deus a posição que é absolutamente única.
Mas, o nome para os hebreus não significa apenas o nome que a pessoa é chamada. O nome reflete sua personalidade, natureza e carácter. Quando temos o salmista diz: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desampara os que te buscam” (Salmos 9:10), significa que aqueles que sabem como Deus é, aqueles que conhecem Sua natureza e caráter, irão colocar sua confiança nEle.
“Permita-nos dar ao Seu nome o único lugar que Sua natureza e caráter merecem e requerem.”

Existe alguma palavra que possa dar a Deus o lugar o qual Sua natureza e caráter requerem? Sim, existe, REVERÊNCIA. Para reverenciar a Deus nós precisamos:
a.acreditar que Deus existe;
b.devemos saber quem é Deus, não devemos reverenciá-lO somente porque Ele existe, mas também pela Sua justiça, o Seu amor, a Sua santidade.
c.precisa se convencer de que Deus é santo. Mas não só isso, nós devemos os lembrar de Deus em TODOS os instantes, lembrar que Deus está em TODOS os lugares.
d.E a todas essas coisas devem ser adicionadas a obediência e submissão à Deus. Reverência é conhecimento mais submissão.

4.venha o teu reino;

faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.
Reino de Deus > mensagem central de Jesus. Existem três formas de Jesus falar do Reino de Deus:
a.existindo no passado: Lucas 13:28, Mateus 8:11
b.no presente: Lucas 17:21
c.no futuro: Mateus 6:10
Como o reino de Deus pode estar no passado, presente e futuro ao mesmo tempo?
Segunda parte diz: assim na terra como no céu. Se lermos tudo junto temos a perfeita definição do Reino de Deus: é uma sociedade na terra onde a vontade de Deus é perfeitamente cumprida como no Céu. Ou seja, se existiu um homem que cumpriu a vontade de Deus perfeitamente, era um com o Reino. Entretanto, a consumação do Reino, ainda está por vir no futuro e por isso oramos.
Estar no Reino significa obedecer a vontade de Deus.
faça-se a tua vontade: um homem pode dizer isso por
a.Resignação: não que ele queira, mas não tem como mudar isso.
b.Reseentemento: o homem pode sentir que Deus é seu inimigo, mas como Deus é mais forte, ele aceita.
c.Em perfeito amor e confiança não importando o que seja a vontade de Deus, porque o cristão tem certeza de duas coisas:
i.Sabedoria de Deus: quando precisamos concertar alguma coisa na casa, geralmente consultamos um engenheiro, e ele diz muitas coisas, e geralmente respondemos: faça o que você achar que é melhor, você é o especialista. Deus é o especialista sobre vida.
ii.Amor de Deus. Romanos 8:32.

5.o pão nosso de cada dia dá-nos hoje

Vamos falar sobre o pão
a.O pão tem sido identificado como a comida espiritual: a palavra de Deus;
b.O pão pode ser identificado como o alimento físico;
c.Jesus se chamou de o “pão da vida” João 6:55, ou seja, nós devemos nos alimentar dEle;
d.Senso Judeu: participar do reino de Deus: Lucas 14:15
“Dei-nos o que nós precisamos para esse dia, tanto espiritualmente e fisicamente”
Quando fazemos esse pedido, tem algumas verdades que devemos observar:
a.Nos diz que Deus tem cuidado de nosso corpo: Jesus gastou muito tempo curando nossas doenças e satisfazendo nossa fome. Qualquer ensinamento que maltrate o corpo está errado. Não é simplesmente salvamento da alma, e sim de todo o ser, é a salvação do corpo, da mente e do espírito.
b.Nos diz que devemos nos preocupar apenas com um dia de cada vez, não com o futuro distante. Podemos nos lembrar da história do maná: Êxodo 16:1-21. Confie o seu dia de amanhã a Deus.
c.Implica que Deus seja posto em seu devido lugar: nós admitimos que recebemos de Deus o necessário para vivermos, ninguém pode dar vida, somente Deus.
d.Essa petição nos lembra de como a oração funciona: se um homem orar isso e ficar sentado esperando que um pão caia no seu colo, ele vai morrer de fome. Devemos lembrar que oração e trabalho andam lado a lado. Deus faz a semente crescer, mas quem cultiva é o homem.
e.Jesus não não ensinou: dei-me o pão de cada dia... e sim dei-NOS. As pessoas passam fome não porque não existe comida no mundo, mas porque ela não é distribuída. A oração nos ensina a nunca sermos egoístas com o que temos. Não é uma oração apenas para receber o nosso pão diário, e também para dividir o nosso pão.

6.perdoa-nos as nossas dívidas,assim como nós temos perdoados os nossos devedores;

Antes de um homem orar essa parte, ele precisa perceber que ele precisa disso. Antes dele orar, precisa saber o que significa pecado. O NT usa 5 palavras para pecado:
a.A palavra comum para pecado é Harmatia. Harmatia era usado quando um soldado atirava e errava o alvo. Então, pecado é falhar em ser o que podíamos ter sido. Somos tão filhos como poderíamos ter sido, somos tão amigos como poderíamos ter sido?
b.A secunda é Parabasis. Significa stepping across, passando através. Ou seja, cruzar a linha entre o certo e errado. Sempre estamos no lado certo da linha? Somos sempre honestos? Não distorcemos a verdade, mesmo que seja com nosso silêncio?
c.A terceira palavra é Paraptoma, que significa slipping across, escorregando através. É o tipo de escorregar que um carro tem quando anda numa rua congelada. Significa o pecado quando perdemos o controle de nós mesmos, aquela raiva que momentaneamente toma conta da nossa mente, ou o ciúmes... quando o pecado entra nos momentos que estamos
d.A quarta palavra é Anomia, que significa sem lei. Anomia é o pecado que o homem que conhece o certo e faz o errado, do homem que conhece a lei e quebra a lei. O primeiro de tudo é que o instinto humano é o instinto do que nós gostamos, nós sempre desejamos o que é proibido.
e.A última palavra é Pheilema, que significa dívida. É falhar em pagar o que é devido, falha no dever.
perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós temos perdoados os nossos devedores; (...)
Porque, se perdoares aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;
Se, porém, não perdoardes os homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
“Senhor, perdoe-me tanto que eu perdôo os meus devedores”. Se tivermos a postura de não perdoar nossos devedores e orarmos desse jeito, estamos praticamente pedindo para não sermos perdoados.
Para termos o perdão cristão em nossos corações são necessários três coisas:
a.Precisamos aprender a entender: existe sempre um motivo para alguma pessoa fazer alguma coisa. Se ele está aborrecido e mau morado, talvez ele esteja preocupado e em dor. Se ele foi descortês, talvez ele não tenha entendido o que você disse.... Se tentarmos entender os outros, o perdão será muito mais fácil.
b.Precisamos aprender a esquecer: quando dizemos: eu perdôo mas não esqueço, isso é perigoso.
c.Precisamos aprender a amar: Amor, ágape, é benevolência total, boa-vontade, que sempre procura o bem estar dos outros ao redor. E esse amor não podemos ter a menos que convidamos Ele para morar em nossos corações.

7.e não nos deixa cair em tentação; mas livra-nos do mal.

Antes de entendermos o pedido, vamos olhar algumas coisinhas.
a. Tentar é sempre algo ruim nos ouvido humanos, sempre significa procurar seduzir pelo mal. Mas no Novo Testamento podemos ver tentar como provar a lealdade e força de um homem. Em Gênesis 22:1, Deus tentou Abraão. Com certeza Deus não queria seduzir Abraão para o mal. Mas Deus submeteu Abraão a um teste de resistência e fidelidade.

Aqui existe uma grande verdade sobre a tentação: ela não é feita para nos fazer cair, é designada para nos fazer mais forte e melhores.
b.Mas também é verdade que sem dúvida existe um poder opositor a Deus no mundo. Na Bíblia não se diz a origem do mal. Mas ele existe.

A vida está sobre ataque pela tentação. Mas o inimigo não pode lançar um ataque sem achar uma brecha. De onde nossa tentação vem?
a.Algumas vezes somos atacados por coisas que vem de fora: Tem companhias que nos levam a ser tentados, porque fazem coisas e nos colocam em situações que abrem brechas para isso.
b.Algumas vezes somos atacados por pessoas que nós amamos: e esse é o pior tipo de tentação que podemos enfrentar. São sugestões e coisas que acontecem que vem de pessoas que nós temos absoluta certeza de que não nos quer mal. (Mateus 10:36)
c.Algumas vezes queremos apenas nos misturar, não queremos se santos, queremos ser aventureiros...
d.Algumas vezes somos tentados por nós mesmos. Nós temos um ponto fraco, que é diferente para cada um. Nós devemos conhecer esse ponto e vigiá-lo.
e.Algumas vezes somos tentados no nosso lado mais forte. Não seja orgulhoso, quando você diz: isso eu nunca farei, e descuida, você é tentado.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Escola Dominical , a maior escola do mundo

A Escola Dominical é uma agência de ensino do Reino de Deus. Esta escola está presente em quase todos os países do mundo e possui milhões de alunos, que dominicalmente, se dedicam ao estudo das Sagradas Escrituras. Seus alunos procedem de todas as denominações protestantes, são oriundos de todos os
extratos sociais e abrange todas as faixas etárias. Essa escola informa, transforma e treina pessoas para a realização da obra de Deus. Destacaremos três importantes características da Escola Dominical:

1. A Escola Dominical é uma escola que informa acerca das verdades eternas – O livro texto da Escola Dominical é a Palavra de Deus. As mesmas verdades que são ensinadas para as crianças são também transmitidas nas classes de adultos. Nessa escola pessoas incultas assentam-se na mesma classe com os doutores. Nessa escola não há segregação de idade, raça ou grau de instrução. O que estudamos nessa escola
não são os últimos inventos da ciência nem as lucubrações dos filósofos e pensadores, nem mesmo as últimas tendências da política, das artes ou da cultura, mas a verdade revelada de Deus. A Bíblia é um livro divinohumano.
É inspirada por Deus e escrita por homens santos; ela é nascida no céu, amada na terra e perseguida pelo inferno. A Bíblia é o livro dos livros: O livro mais lido e o mais negligenciado; o livro mais amado e o mais odiado; o livro mais publicado, mais comentado e mais difundido de toda a história da literatura universal.

2. A Escola Dominical é uma escola que objetiva a transformação da vida mediante o ensino fiel das Escrituras – A transformação espiritual do homem e da mulher é uma obra exclusiva de Deus. Ainda que reuníssemos todos os nossos recursos não poderíamos sequer transformar uma vida. Mas, quando ensinamos a Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo, essa mensagem bendita do evangelho transforma vidas e famílias inteiras. Os cativos são libertos, os perdidos são encontrados, os que vivem na região da sombra da morte encontram vida plena e abundante em Cristo Jesus. A Escola Dominical não é apenas uma agência de ensino, mas, também, um instrumento poderoso de evangelização. Por meio do ensino das Escrituras muitas pessoas têm vindo ao conhecimento salvador de Cristo e sido transformadas pelo poder do Espírito Santo.
Temos visto muitos indivíduos sendo resgatados das trevas para a luz, da potestade de Satanás para Deus, deste mundo tenebroso para o glorioso reino de Cristo.

3. A Escola Dominical é um campo de treinamento dos santos para realizar a obra de Deus – A Escola Dominical não apenas informa e transforma, mas também, treina pessoas convertidas para o exercício do
ministério. A igreja não é apenas o receptáculo da graça, mas um canal por meio do qual, as boas novas do evangelho devem chegar até aos confins da terra para alcançar cada criatura. O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a cada criatura, em todo o mundo. O sacerdócio universal dos crentes abre largas avenidas de oportunidades para que cada membro da igreja seja uma testemunha viva da graça e um
embaixador das boas novas de salvação aos perdidos. Devemos nos reunir dominicalmente, não apenas para nos abastecermos, mas também para nos equiparmos para fazer a obra de Deus. Somos um exército.
Cada soldado deve estar na sua linha de combate. Há trabalho para todos. Os desafios são imensos, o campo é vasto, as portas estão abertas, os obreiros são poucos e a seara é grande. É tempo de repassarmos aos outros, o que temos recebido. É tempo de nos levantarmos, munidos de um profundo senso de urgência para fazermos a obra de Deus enquanto é dia, pois a noite vem quando ninguém pode trabalhar. Que Deus
nos ajude a ter uma Escola Dominical viva, dinâmica e operosa, que informa, transforma e treina pessoas para fazer a obra de Deus!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aumente sua Semeadura

“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará;
e o que semeia com
fartura com abundância também ceifará”. II Coríntios 9.6.
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para
alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira
e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendovos
em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por
nosso intermédio, sejam tributadas muitas graças a
Deus”. II Coríntios 9.10-11.
Participar com dinheiro no reino de Deus é um privilégio. O
Eterno é o dono do banco. Ele é o dono de todas as coisas.
“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe”. Salmo 24.1.
NVI. O propósito de Deus, quando por meio das Escrituras
nos instrue, exorta e desafia a sermos doadores através dos
dízimos e ofertas é: nos abençoar! Abençoar nos livrando
avareza, que é idolatria; abençoar nos convidando para ser
parceiro com Ele; abençoar-nos com multiplicação e grandes
colheitas em todas as áreas da vida. “Pois, o que o homem
semear, isso também colherá”. Gálatas 6.7.
O Eterno é o exemplo de semeadura. A oferta de Cristo foi
sacrificial: “Pois conheceis a graça de nosso? Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós”. II
Coríntios 8.9a. A doação de Cristo foi espontânea: “Sendo
rico se fez pobre por amor de vós”. II Coríntios 8.9b. A doação
de Cristo foi espiritual: “Rico, se fez pobre por amor de vós,
para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”. II Coríntios
8.9c.
A motivação para semear. A glória de Deus: “Desta graça,
ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor”. II
Coríntios 8.19b. O bem da igreja e das pessoas. Dar de boa
vontade: “Se há boa vontade, será aceita”. Deve haver
honestidade em cumprir as promessas feitas a Deus: “O que
votei, pagarei”. Jonas 2.9.
Quando a pessoa se torna membro da igreja, ele se
compromete a sustentá-la com seus dízimos, ofertas, orações,
testemunho e cooperação de várias maneiras.
As recompensas da semeadura. Deus satisfaz nossas
necessidades: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia,
e pão para o alimento...”. Deus multiplica os nossos
recursos: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia, e
pão para o alimento, também, suprirá e aumentará a vossa
sementeira”. II Coríntios 9.10.
Aumente sua semeadura. “Aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura, com
abundância também ceifará”. II Coríntios 9.6. Tudo começa
com uma semente pra plantar. Olhe para a semente como
algo que pode se multiplicar e tornar mais. Tudo que você
possui pode ser plantado como uma semente. O amor é uma
semente. O testemunho é uma semente. O dinheiro é uma
semente. Um sorriso é uma semente. O tempo é uma semente.
O segredo do seu futuro esta diretamente relacionado com
as sementes que você planta hoje.
Seus dízimos e suas ofertas são sementes santas. Quando
você abre seu coração, Deus abre as janelas do céu: “Trazei
todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não abrir a janela as janelas dos céus
e não derramar uma bênção sem medida”. Malaquias 3.10.

Depressão Espiritual

Por que você está assim tão triste?(...) Ponha a sua esperança em Deus! Salmo 42.5 (NVI)

A depressão parecer ser uma condição bastante comum entre os cristãos. Não me refiro à depressão clínica, que pode necessitar de tratamento psiquiátrico e psicológico especializado, mas à depressão espiritual, com a qual deveríamos ser capazes de lidar por nós mesmos.

O autor dos Salmos 42 e 43 (que evidentemente formam um único Salmo), é transparente acerca de sua depressão.
Para começar, ele está com sede de Deus (tão sedento quanto a corça pelas águas), porque está separado dele, passando por algum deserto, ou por algum tipo de exílio forçado. Ele recorda das grandes celebrações do passado quando “costuma ir com a multidão, à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava” (Salmo 42.4b). Ele tem saudades de celebrar junto com a comunidade o Poderoso Deus. E, anseia por retornar “ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria”. (Salmo 43.4).

Sua tristeza, sua depressão se deve, no entanto, não somente à ausência de Deus, mas também à presença dos inimigos. Eles o provocam perguntando: “Onde está o teu Deus?” (Salmo 42.3,5). Eles fizeram esta pergunta em parte porque eram idólatras – seus deuses podiam ser vistos e tocados, enquanto o “Deus Vivo” (42.2) é invisível, intangível – e em parte porque Deus aparentemente não era capaz de defender seu povo.

Cada estrofe termina com o mesmo refrão, falando consigo mesmo: “Por que você está assim tão triste ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Salmo 42.5,11;43.5).

As pessoas costumam dizer que falar sozinho é o primeiro sinal de loucura. Ao contrário, trata-se de um sinal de maturidade – embora dependa daquilo que estamos conversando conosco mesmos!
No texto o salmista se recusa a resignar-se à sua condição ou ao seu estado de espírito. Ele toma as rédeas de sua vida. Primeiramente, ele se questiona: “Por que você está assim tão triste tão abatida, ó minha alma?” Sua pergunta inclui uma repreensão implícita. Em seguida ele exorta a si mesmo: “Ponha a sua esperança em Deus!”. Somente Deus é digno de confiança.

Por fim ele diz a si mesmo: “Pois ainda o louvarei; ele que é o meu Salvador e o meu Deus.”
O uso duplo do pronome possessivo, “meu Salvador e meu Deus”, é muito significativo. O salmista está reafirmando sua relação de aliança com Deus, e nenhuma variação de humor pode destruir isso.

Nossa oração e alvo como igreja é para que toda a sua família possa ter essa aliança e essa relação com o Deus vivo e Verdadeiro. Queremos ver e nos alegrar com cada membro da sua família declarando de todo coração ao Senhor Jesus: “MEU Salvador e MEU Deus”. Amém?

John Stott (Transcrito e Adaptado do livro: A Bíblia Toda, O Ano Todo”. Pg 97)

Autoridade Espirtual

Fala-se muito, nos dias de hoje, sobre autoridade espiritual; alguns há que creditam tanto sua pretensa autoridade que a oferecem como "cobertura" para outros. Mas qual é a nossa autoridade para pastorear as ovelhas de Cristo? Entendo que a forma mais segura de responder a essa questão é observar Jesus Cristo concedendo essa autoridade para alguém.

Pedro, o apóstolo é o nosso homem. Jesus avisara a seu discípulo que Satanás pedira para cirandá-lo, para peneirá-lo como se faz com o trigo quando de separá-lo das impurezas e que Cristo havia rogado por ele para que sua fé não desfalecesse (Mc 14.27-31). É interessante Satanás se oferecendo para tirar de Pedro todas as impurezas, ele devia pensar que só encontraria impurezas e nenhum trigo. Bem, Pedro foi peneirado e, embora tivesse dito que estava pronto a morrer por Jesus, que o mestre jamais lhe seria um tropeço, ainda que o fosse para os demais, negou a Jesus Cristo, tal como fora avisado (Mc 14.66-72). Parece que só havia impurezas e nenhum trigo.

Como prometera Cristo ressuscitou ao terceiro dia e, entre as orientações que ultimou de seus anjos, convocou a Pedro para encontrar-se com ele na Galiléia ((Mc 16.7). A convocação foi nominal, não havia como o recalcitrante discípulo entender que não era consigo que o Ressurreto queria conversar. Encontraram-se no lugar combinado e, para surpresa geral, o Senhor, ao invés de aplicar ao moço uma severa advertência, perguntou-lhe se este o amava, por três vezes repetiu-lhe a pergunta, recebendo resposta afirmativa em todos os casos. É verdade que o Mestre, por duas vezes, usou para o verbo amar a palavra de descreve um amor incondicional, e que Pedro, o tempo todo, usou a palavra que descreve amizade, termo que o Salvador também usou na terceira inquirição. Pedro, contra todas as expectativas continuou afirmando que era mais amigo de Cristo que os demais, e, finalmente, chamou como testemunha, em sua defesa, a onisciência de Cristo, reconhecendo-o, implicitamente, como Deus (Jo 21.15-22).

Jesus, surpreendentemente, não contestou a Pedro e, mais, a cada uma de suas respostas comissionou-o, em relação ao seu próprio rebanho, para cuidar, alimentar e guiar as suas ovelhas; após o que ordenou-lhe que o seguisse por onde ele o desejasse. Concedeu-lhe o que hodiernamente é chamado de autoridade espiritual.

Com que autoridade Pedro exerceria o pastorado? Como ele lograria não ser denunciado pelo rebanho como falastrão, mentiroso, covarde e traidor? No que consistia a sua autoridade, afinal?

A autoridade de Pedro consistia em ser um pecador perdoado. Sua autoridade era o seu testemunho. Ele podia dizer sem medo: - Ele me perdoou e restaurou e pode fazer isso com qualquer ser humano. A autoridade de Pedro consistia no fato de ser ele portador de um milagre, pois, com todas as suas incoerências e inconstâncias ele amava a Jesus. E isto é um milagre, pois, naturalmente, não há quem busque a Deus (Rm 3.11). Ser salvo é voltar a amar a Deus e atingir o ápice da salvação é a amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Tem Autoridade Espiritual aquele que pode testemunhar do perdão de seus pecados, de ter sido alvo do milagre de voltar a amar a Deus, e ter passado a seguir a Jesus sem prévias condições.

Alguém poderia objetar: - Se é isso! Então qualquer pessoa o pode! Contesto: - E não foi isso que os reformadores quiseram dizer ao ensinar sobre o sacerdócio universal dos santos?

Todos os cristãos podem e todos os cristãos devem.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Graça Barata

Teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer popularizou nos meios teológicos a expressão “graça barata” por meio de seu livro Discipulado (Nachfolge) escrito em 1937. Logo nas primeiras páginas, ele faz um alerta contra a graça barata dizendo:

A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja… (…) Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. (…) A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado. (…)


Bonhoeffer contrasta a graça barata com a graça preciosa, pela qual, segundo ele, devemos lutar:

A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para adquirir a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga as suas redes e o segue. A graça preciosa é o Evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater. Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, lhe dar a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-lo sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho - fostes comprados por preço - e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.

Desde a primeira leitura de Discipulado em 1986, Bonhoeffer se tornou meu teólogo favorito. Como ele, creio que existe a possibilidade de tornar algo tão precioso e belo como a graça de Deus em um conceito vazio, destituído de qualquer poder transformador, uma graça que justifica o pecado, e não o pecador.

Avivamento Pessoal

Atos 9:10-19

Dr. Shedd afirma que avivamento pessoal e comunitário é resultado de pedido fervoroso pelo derramamento do Espírito Santo e Martin Loyd-Jones é taxativo ao dizer que avivamento depende da pregação das doutrinas ortodoxas da Bíblia. Shedd afirma, ainda, que o avivamento traz uma grande sede por santificação e um ardente amor pelas almas perdidas. É a Palavra e a oração produzindo santidade e evangelização.
Um avivamento cria prazer na prática da oração. Como as crianças gostam de brincar e os jovens se empolgam no campo de futebol, os avivados gostam de orar, afirma o nosso amado Dr. Shedd.
Billy Graham conta que quando o John Hyde estava à caminho do campo missionário na Índia, recebeu um telegrama de um velho amigo de seu pai, com a seguinte pergunta , Você está cheio do Espírito Santo? Amassou o telegrama irritado com a insinuação que não estava cheio do Espírito Santo, afinal era um missionário de boa reputação.
Desceu ao camarote e de alguma forma o Espírito Santo lhe inquietou. Desamassou o telegrama, releu, caiu de joelhos e implorou a Deus que lhe enchesse do Espírito Santo. Entregou tudo ao Senhor, em rendição total, e clamou com fé pelo poder do Espírito em sua vida.
Por causa dessa gloriosa experiência Deus pode usa-lo para deflagrar o grande avivamento da Índia e depois foi o instrumento divino para o grande avivamento da Coréia entre 1902 e 1905.
Jonatham Godorth, lá na sua missão na Mandchúria, China, ouviu falar desse avivamento e foi motivado a buscar o enchimento do Espírito Santo. E, pouco tempo depois, foi usado por Deus para irromper o grande avivamento da Mandchúria, considerado um dos maiores reavivamentos de todos os tempos.
Billy Graham conclui: três grandes avivamentos com milhares de almas salvas e a igreja fortalecida em três nações diferentes por causa de um homem que buscou e encontrou o avivamento pessoal.
Assim como John Hyde, Paulo também encontrou o avivamento pessoal. Deus usou Ananias para ajudar Paulo a encontrar esta grande bênção. Ananias orou e Paulo foi cheio do Espírito Santo. A partir daquele momento Paulo era outro homem e estava pronto para fazer toda a vontade de Deus e viver intensamente para a Sua glória e cumprir cabalmente o ministério que recebeu do Senhor Jesus Cristo.
Esta bênção é também para os nossos dias, é também para você. Busque e encontrará, pois Deus deseja ardentemente enche-lo do Seu Espírito. ``Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração e serei achado de vós, Jeremias 29:13,14a.

Jugo Suave

Os rabinos são intérpretes da Lei. Sua ocupação é discernir como viver a vontade de Deus expressa na Lei. Por esta razão têm autoridade para proibir e permitir, dizer o que pode e deve ser feito para que a Lei seja cumprida e que não pode e não deve ser feito para que a Lei seja abolida. O conjunto de permissões e proibições de um rabino consistia no “jugo do rabino”. Todo rabino tem um jugo, que seus discípulos assumem como a melhor maneira de cumprir a Lei. Todo rabino ensina sob o jugo de outro rabino. Até que apareça algum rabino que afirme ter seu próprio jugo, independentemente do jugo dos rabinos mais antigos. Para ganhar autoridade de ter seu próprio jugo, o novo rabino deve ser autorizado por pelo menos dois rabinos reconhecidos pela comunidade de rabinos. Quando um novo rabino ganha autorização para ter seu próprio jugo, é dito que ele ganhou as chaves do reino, e agora está apto para permitir e proibir, isto é, dizer o que deve e o que não deve, o que pode e o que não pode ser feito por quem deseja cumprir a Lei.

Jesus entrou em cena sob o testemunho de João Batista, e sobre ele se materializou o Espírito Santo na forma corpórea de uma pomba, seguida da voz dos céus: “Este é meu Filho amado, ouçam o que ele diz”. Dessa maneira, Jesus recebeu autorização de duas fontes de autoridade para ter seu próprio jugo, isto é, recebeu as chaves do reino, e desde então passou a ensinar dizendo: “Ouvistes o que foi dito, eu, porém, vos digo”. Convidava pessoas para que se submetessem ao seu conjunto de permissões e proibições dizendo: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Ao final de seu ministério terreno disse a Pedro, que representava a igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus: “Dou a vocês as chaves do reino”, e assim transferiu à sua igreja a autoridade para ligar e desligar, proibir e permitir.

Os apóstolos compreenderam isso e utilizaram essa prerrogativa em Atos 15, quando decidiram aliviar o jugo que pesava sobre os ombros dos novos cristãos, decidindo que estavam livres de cumprir a Lei de Moisés, devendo observar apenas três ou quatro regras. Em 1Coríntios 7 o apóstolo Paulo também usou “as chaves do reino” para legislar a respeito do divórcio. No tempo de Jesus os rabinos que seguiam Hilel acreditavam que se podia divorciar por qualquer motivo, enquanto os discípulos de Shamai admitiam o divórcio somente em caso de imoralidade sexual. Jesus concordou com Shamai. Mas o apóstolo Paulo acrescentou mais um motivo legítimo para o divórcio: o abandono pelo descrente por motivo da fé de seu cônjuge convertido.

As comunidades cristãs têm nas mãos as “chaves do reino”, isto é, têm o direito e o dever de avaliar o jugo que se deve impor aos discípulos cristãos em cada contexto sócio-cultural aonde chega o evangelho. Toda comunidade cristã deve ter a coragem de afirmar “pareceu bem a nós e ao Espírito Santo não lhes impor nada além das seguintes exigências...”. Tanto o moralismo legalista quanto a permissividade libertina causam mal às pessoas que pretendem viver de modo digno do Evangelho de Jesus Cristo.
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Para aprofundar sua reflexão, recomendo: Bell, Rob. Velvet Elvis. Zondervan.

Líderes precisam tirar toalha e bacia do armário

De todas as funções que precisam ser resgatadas na Igreja, a de servo é a principal e mais urgente. Esta é a convicção do pastor Lázaro Aguiar Valvassoura, Superintendente da Igreja do Nazareno no Brasil e pastor da Igreja do Nazareno Central de Campinas.

Aguiar, como é conhecido, falou no último dia 15 de agosto, durante café de pastores realizado na Igreja Evangélica de Campinas. Durante a palavra, os cerca de 80 pastores presentes inclinavam suas cabeças à frente, em aprovação à palavra ouvida.

— A liderança brasileira precisa restaurar o ministério de servo — disse Aguiar. ´Estamos vivendo hoje uma situação inusitada. Ser pastor hoje é pouco. No mínimo, as pessoas querem ser vice-Deus.

Querem ser chamadas de bispos, de apóstololos. Há até irmãs que ferem a língua-mãe e se auto-denominem bispa, uma palavra que sequer existe no dicionário. O feminimo de bispo é episcopisa.

Está na hora dos homens de Deus do Brasil tirarem a toalha e a bacia do armário, pregou Aguiar. Se Jesus fez, também devemos fazer.

Aguiar relembra: Depois de pregar uma mensagem gloriosa, Jesus se fecha em uma sala. Os discípulos estão, pensando que coisa incrível Jesus faria naquela hora, afinal tinha acabado de ressuscitar um homem, Lázaro, e entrara festivamente em Jerusalém.

Jesus saiu e voltou com uma toalha nas mãos e uma bacia com água. É a primeira vez que Deus se ajoelha aos pés do homem. É impossível lavar os pés de alguém sem se ajoelhar. E olha que Judas também estava lá. Jesus também lavou os pés de Judas.

Jesus começou pelos pés. E, infelizmente, o que vemos hoje, é uma multidão de líderes querendo fazer a cabeça de seus liderados, da igreja. Se você quiser fazer a cabeça de alguém, comece lavando seus pés. As ferramentas de um líder cristão são a bacia e a toalha. Ferramentas de um servo, de um escravo por amor. E aqueles homens serviam a Deus e às pessoas. Não serviam a denominações, a instituições.

Não serviam a si mesmos. Precisamos voltar às nossas bases, ao serviço. Aguiar Valvassoura conta que desde o ano passado uma enfermidade o levou a fazer uma revisão produnda do seu ministério. Enquanto estava sendo curado, foi levado a uma intimidade com Deus e a rever valores.

O principal, que tem mudado sua vida é uma verdade simples, mas que por não ser aplicada, atrapalha a muitos líderes. ‘A Igreja não é nossa, é do Senhor’. O Senhor diz que sobre a revelação de que Ele é o Filho do Deus vivo edificaria a Sua igreja. Precisamos servir mais e deixar que o próprio Deus governe a Sua casa, concluiu o pastor.

Sabe qual é a senha para entrarmos na glória de Deus? Ouvir esta palavra do Todo Poderos”: ‘Bom está, servo bom e fiel’. Você é o líder de uma igreja de 100 mil membros? Seja servo e fiel nisto. É líder de uma igreja de 40 pessoas? Seja servo e fiel nisto. Ambas não pertencem a ninguém.Todas são propriedade exclusiva de Deus.

Pastorear em Meio ao Caos

Domingo, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Assentado num dos primeiros bancos do templo, levanto os olhos para verificar se os músicos já estão prontos. Todos têm uma cópia da liturgia do culto, a qual foi previamente preparada durante a semana. Olho para minha Bíblia para verificar se o esboço do sermão está colocado no lugar exato da passagem a ser lida. Olho ao redor e vejo todos bem arrumados e assentados e, aparentemente, prontos para adorar a Deus e ouvir Sua palavra. Levanto-me e caminho até a frente para saudar a todos. Tenho em mim certa sensação de que tudo está sob controle. Assim, aos domingos a vida pastoral não parece ser tão difícil. Exige certo trabalho, sim. Mas, com alguma dedicação e preparo prévio, tudo pode ser arranjado de forma que esteja sob controle.

Terça-feira, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Após um agradável dia de folga, estou iniciando uma nova semana de serviço pastoral. Logo pela manhã, recebo um telefonema de uma mulher que no último Domingo, assentada de braços dados com seu marido, participava de forma contagiante do culto. Com a voz trêmula, ela informa que o marido acabou de deixar a família. No dia seguinte, recebo a notícia de que um dos presbíteros da Igreja, um dos que participaram da Ceia do Senhor no último Domingo foi hospitalizado em caráter urgente e precisa ser submetido a uma cirurgia muito delicada. Na Quinta-feira entra no gabinete pastoral uma das jovens da equipe de louvor. Cumprimento-a pela linda música que cantou no culto de Domingo. Em seguida, sem levantar os olhos, ela conta-me que está grávida de seu último namorado. Chego na Sexta-feira precisando preparar a mensagem e a liturgia do próximo Domingo com a sensação de que tudo está fora de controle e o mundo retornou ao caos.

Assim, como muitos outros pastores, deparo-me com a realidade de que, apesar do Domingo ser um dia essencial no serviço pastoral, muito deste ministério precisa ser feito em meio ao caos de Segunda a Sábado. Para o aumento de meu desespero, constato que recebi muitas ferramentas para ser um bom pastor no ambiente dominical, mas estou desprovido de recursos para lidar com o mundo hostil de Segunda a Sábado. Preciso então desenvolver a arte de pastorear em meio ao caos, ou como Eugene H. Peterson coloca, "a arte de orar em meio ao tráfico".


Vender Mapas ou Guiar Vidas

Certa vez, lendo e meditando sob o encontro de Filipe com o oficial etíope descrito no capítulo oito de Atos, fui conduzido a uma profunda reavaliação de meu ministério diante de um comentário sobre o verso 31. Segundo o relato bíblico, após ser questionado por Filipe quanto à compreensão do que vinha lendo, o oficial etíope respondeu com outra pergunta: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?"

Sempre tive por óbvio o sentido do verbo aqui traduzido por "explicar" até que percebi que o termo grego ali usado é o verbo hodogéu (guiar ou conduzir). Este verbo foi utilizado na antigüidade para definir a atividade dos guias que conduziam pessoas através do deserto. Eles tinham os pés nos mesmos caminhos que as pessoas que guiavam, enfrentavam o calor do meio-dia, bem como o frio das noites.

Em franco contraste com a imagem dos guias, temos os vendedores de mapas. Estes últimos se apresentam das formas mais criativas, possuem idéias tremendas acerca dos desertos, são detentores de um grande poder de persuasão e prometem muitas vantagens aos interessados em seu produto. No entanto, eles não ousam caminhar ao lado das pessoas debaixo do sol escaldante ou em meio às noites frias. O papel deles restringe-se a oferecer mapas para os mais variados desertos da vida.

O oficial etíope, quando questionado por Filipe, declara a necessidade de ser acompanhado por um guia através de sua jornada espiritual. Em Atos 8.31 encontramos Filipe entrando na carruagem, sentando-se ao lado do oficial e seguindo com ele o caminho. E, começando por onde aquele homem se encontrava, guiou-o até Jesus (Atos 8.35). A opção de Filipe não é a de vender mapas, mas de guiar aquele homem.

O ministério pastoral, quando centralizado somente nos eventos dominicais, em muito pode se aproximar da atividade desenvolvida pelos vendedores de mapas. O ambiente pode ser preparado para inspirar, a música ensaiada para emocionar e as palavras elaboradas para motivar, mas, o distanciamento das pessoas e do caos em que vivem pode fazer deste momento um ato de se vender mapas. Diferentemente, quando o ministério pastoral é vivido em meio ao caos e há disposição de se estar próximo e atento às crises e às dores das pessoas, a imagem cristã do guia espiritual é resgatada na comunidade. O pastor torna-se aquele que ministra com relevância não apenas aos Domingos, mas especialmente entre Domingos, guiando e conduzindo pessoas através das crises e em meio ao caos.


Oração, Escrituras e Mentoria

No desafio de pastorear vidas em meio ao caos, creio que um dos grandes obstáculos que encontramos na atualidade é a visão errônea de que cabe a nós, pastores, a tarefa de resolver problemas. No mundo científico-industrial em que vivemos, problemas são vistos como barreiras a serem transpostas, e isso de forma mais prática e imediata possível. Assim, espera-se que "bons pastores" sejam pessoas prontas para responder a qualquer questão, para dar o palpite certo em tempos de indefinição e para orar com "eficácia" diante da enfermidade, desemprego, crise familiar, entre outras coisas.

Diferentemente, na tradição cristã, os problemas são vistos não como barreiras a serem transpostas de forma imediata e pragmática, mas, como mistérios a serem explorados. Por sua vez, os pastores não são vistos como miniaturas de Deus que resolvem os problemas que lhe são apresentados, mas, como homens e mulheres prontos a caminhar, em amor e em discernimento, ao lado daqueles que enfrentam a crise e o caos. Nesta jornada, mais importante do que a solução para a dor é a percepção de Deus e de Sua ação.
Por isso, como pastores, precisamos resgatar a prática da oração. Na medida em que oramos, ganhamos sensibilidade para perceber o que Deus está fazendo em nossas próprias vidas. Nossa própria história ganha sentido na medida em que percebemos o mover de Deus em nossa existência, nos conduzindo, nos lapidando e nos amando. A oração, diferentemente de muitas práticas contemporâneas, nos torna mais prontos ao mover de Deus e à confiança no que Ele está fazendo.

Além da oração, precisamos também resgatar a leitura sensível das Escrituras. Quando lemos e meditamos nas Escrituras, ganhamos sensibilidade para perceber como Deus está, constante e ativamente, presente na vida de Seu povo ao longo da História. A leitura das Escrituras oferece-nos a percepção e a convicção de que não existe casualidade, nem mesmo fatalidades. Por detrás de eventos e encontros, Deus está agindo na vida de Seu povo e a nós cabe estarmos sensíveis e atentos ao Seu mover.

No entanto, tanto a oração e a leitura sensível das Escrituras não podem ser tidas por práticas alienadoras e individualizantes. Ambas nos exercitam rumo ao pastoreio de vidas como guias que conduzem pessoas através do caos. Enquanto a oração nos convida à sensibilidade para com a ação de Deus em nossas próprias vidas, a leitura das Escrituras nos conduz à percepção da ação de Deus na História. No entanto, ambas nos preparam para a mentoria, a sensibilidade para com o que Deus está fazendo na vida daqueles que nos cercam.


Conclusão

Antigamente, como afirma Eugene Peterson, não existia muita diferença entre o que o pastor fazia aos Domingos e o que realizava entre Domingos. Tanto aos Domingos como entre Domingos, a tarefa pastoral era caracterizada pelo serviço de guiar homens e mulheres ao longo de seus desertos existenciais, através de suas crises e dores. Neste serviço, pastores faziam uso da oração e da leitura das Escrituras. No entanto, atualmente, o serviço pastoral tem se distinguido em "Ministério aos Domingos" e "Ministério entre Domingos". E a grande mudança tem se dado no caráter das atividades que um pastor faz "entre Domingos", as quais têm sido grandemente definidas como práticas para "tocar uma Igreja" assim como um empresário toca sua empresa.

No entanto, estou convencido de que a grande carência de nossas igrejas na atualidade não é a de grandes visionários com suas propostas megalomaníacas, nem de marqueteiros com suas técnicas para aumentar a visibilidade e a aceitação das igrejas no mercado, nem muito menos de "vendedores de mapas" que articulam com maestria as palavras. Nossas igrejas estão necessitando de pais dispostos a viver com seus filhos, conduzindo-os através de suas limitações e crises, com amor e paciência na direção da maturidade em Cristo Jesus. Nossas comunidades precisam de guias que, através da oração e da Palavra, ajudem as pessoas a caminharem através de suas crises e a viverem em meio ao caos.

Quem é Jesus?

Mateus 16.13-20

Introdução:

Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuía.

Para você Quem é Jesus?

Destacamos aqui neste texto tres coisas importantes:

1) EM PRIMEIRO LUGAR, JESUS FEZ A MAIS IMPORTANTE PERGUNTA. (VS. 13b)

Quem diz o povo ser o filho do Homem?...”
  • Quem é Jesus?
  • Qual a sua identidade?
  • Quais são seus atributos e suas obras?
  • A vida depende dessa resposta...o povo estava confuso acerca da pessoa mais importante do mundo.
  • Eles compararam Jesus apenas com um grande Homem ou um grande profeta VS.14

Aplicação: a igreja de hoje sabe quem é Jesus de fato?

  • Ao longo da historia houve vários debates acerca de quem é Jesus.
  • Os Ebionitas acreditavam que Jesus era apenas uma emanação de Deus
  • Os Gnósticos não acreditavam na sua eternidade
  • Hoje há aqueles que acreditam que Jesus é um espírito iluminado, um mestre....
  • À aqueles que escarnecem Jesus o colocando como um homem mortal que se casou com Maria madalena e teve filhos, como ensina o livro Código da Vinci.
  • Quem é Jesus para você?
  • Talvez sua motivação esteja fazendo você apenas acreditar que ele tem coisas boas para oferecer a você, mas de fato o que Jesus representa para sua vida? O que ele é na sua vida? Qual o grau de relacionamento que vc tem com ele?

2) EM SEGUNDO LUGAR, O POVO ESTÁ PERDIDO NA QUESTÃO CRUCIAL DA VIDA (VS. 14)

  • A multidão tinha opiniões acerca de Jesus e não convicções.
  • O povo tinha uma visão distorcida de Jesus, pois o viam apenas como um grande mensageiro de Deus e não como o próprio Deus encarnado. Havia varias opiniões acerca de Jesus, exceto a verdadeira. Muitas pessoas ouvem falar, até mesmo o confessam, mas não o conhecem como o verdadeiro Deus.
  • Se você não souber com clareza quem é Jesus você estar perdido na questão mais importante da vida. A vida, morte e ressurreição bem como sua obra expiatória não são assuntos laterais, mas a própria essência do cristianismo.
  • O Cristianismo é muito mais que um conjunto de doutrinas
  • Ele é uma pessoa. O cristianismo tem a ver com a pessoa de Cristo. Ele é o centro, o eixo, a base, o alvo e a fonte de toda a vida cristã. Fora dele não há redenção nem esperança.
  • Ele é a fonte de onde procedem todas as bênçãos.

3) EM TERCEIRO LUGAR, PEDRO REVELA A ESSÊNCIA DA PERGUNTA DE CRISTO (VS. 16)


“ Tu é o Cristo, o filho do Deus Vivo”...

  • William Hendriksen diz que o crente é aquele que esta desejoso, de opor-se à oposição que é contraria a das massas.
  • John Charles Ryle diz que essa declaração ousada de Pedro foi feita quando Jesus foi visto como um judeu comum, sem majestade, riqueza ou poder. Ela foi feita quando os lideres religiosos de Israel recusaram receber a Jesus como Messias. Ainda assim Pedro disse: “Tu és o Cristo”.
  • Sua fé não foi abalada pela pobreza de Jesus nem sua confiança foi atingida pela oposição dos mestres da lei e dos fariseus.
  • Ele firmemente confessou que o homem a quem seguia era de fato o Messias prometido, o filho de Deus.
  • A resposta de Pedro foi fruto da revelação do Pai.
  • Sem a obra de Deus em nós não podemos compreender nem confessar a Jesus como o messias.


Conclusão:

Quem é Jesus para você? Você é a multidão confusa em busca de bênçãos ou os discípulos como Pedro que compreendeu que Jesus é o Cristo Vivo!

5 razões que qualificam o Cristo vivo:

  1. Ele veio como messias prometido nas sagradas escrituras
  2. Ele veio para destruir as obras do Diabo
  3. Ele veio para trazer redenção ao ser humano caído.
  4. Ele veio realizar milagres como os vários que ele realizou no seu ministério
  5. Ele é o Cristo Vivo e voltará


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

" Tudo posso naquele que me fortalece" Um estudo exegético de Filipenses 4.13

Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?

O contexto imediato

Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.

Como Paulo usava “tudo”

Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade. De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo. Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).

O foco da passagem

Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.

Perigo de interpretação

Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!”
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus. Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.
A respeito desta passagem D.A. Carson alerta:- Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece.

Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.

E o “tudo” que podemos fazer?

Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava. Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos. Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.