segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aumente sua Semeadura

“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará;
e o que semeia com
fartura com abundância também ceifará”. II Coríntios 9.6.
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para
alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira
e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendovos
em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por
nosso intermédio, sejam tributadas muitas graças a
Deus”. II Coríntios 9.10-11.
Participar com dinheiro no reino de Deus é um privilégio. O
Eterno é o dono do banco. Ele é o dono de todas as coisas.
“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe”. Salmo 24.1.
NVI. O propósito de Deus, quando por meio das Escrituras
nos instrue, exorta e desafia a sermos doadores através dos
dízimos e ofertas é: nos abençoar! Abençoar nos livrando
avareza, que é idolatria; abençoar nos convidando para ser
parceiro com Ele; abençoar-nos com multiplicação e grandes
colheitas em todas as áreas da vida. “Pois, o que o homem
semear, isso também colherá”. Gálatas 6.7.
O Eterno é o exemplo de semeadura. A oferta de Cristo foi
sacrificial: “Pois conheceis a graça de nosso? Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós”. II
Coríntios 8.9a. A doação de Cristo foi espontânea: “Sendo
rico se fez pobre por amor de vós”. II Coríntios 8.9b. A doação
de Cristo foi espiritual: “Rico, se fez pobre por amor de vós,
para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”. II Coríntios
8.9c.
A motivação para semear. A glória de Deus: “Desta graça,
ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor”. II
Coríntios 8.19b. O bem da igreja e das pessoas. Dar de boa
vontade: “Se há boa vontade, será aceita”. Deve haver
honestidade em cumprir as promessas feitas a Deus: “O que
votei, pagarei”. Jonas 2.9.
Quando a pessoa se torna membro da igreja, ele se
compromete a sustentá-la com seus dízimos, ofertas, orações,
testemunho e cooperação de várias maneiras.
As recompensas da semeadura. Deus satisfaz nossas
necessidades: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia,
e pão para o alimento...”. Deus multiplica os nossos
recursos: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia, e
pão para o alimento, também, suprirá e aumentará a vossa
sementeira”. II Coríntios 9.10.
Aumente sua semeadura. “Aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura, com
abundância também ceifará”. II Coríntios 9.6. Tudo começa
com uma semente pra plantar. Olhe para a semente como
algo que pode se multiplicar e tornar mais. Tudo que você
possui pode ser plantado como uma semente. O amor é uma
semente. O testemunho é uma semente. O dinheiro é uma
semente. Um sorriso é uma semente. O tempo é uma semente.
O segredo do seu futuro esta diretamente relacionado com
as sementes que você planta hoje.
Seus dízimos e suas ofertas são sementes santas. Quando
você abre seu coração, Deus abre as janelas do céu: “Trazei
todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não abrir a janela as janelas dos céus
e não derramar uma bênção sem medida”. Malaquias 3.10.

Depressão Espiritual

Por que você está assim tão triste?(...) Ponha a sua esperança em Deus! Salmo 42.5 (NVI)

A depressão parecer ser uma condição bastante comum entre os cristãos. Não me refiro à depressão clínica, que pode necessitar de tratamento psiquiátrico e psicológico especializado, mas à depressão espiritual, com a qual deveríamos ser capazes de lidar por nós mesmos.

O autor dos Salmos 42 e 43 (que evidentemente formam um único Salmo), é transparente acerca de sua depressão.
Para começar, ele está com sede de Deus (tão sedento quanto a corça pelas águas), porque está separado dele, passando por algum deserto, ou por algum tipo de exílio forçado. Ele recorda das grandes celebrações do passado quando “costuma ir com a multidão, à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava” (Salmo 42.4b). Ele tem saudades de celebrar junto com a comunidade o Poderoso Deus. E, anseia por retornar “ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria”. (Salmo 43.4).

Sua tristeza, sua depressão se deve, no entanto, não somente à ausência de Deus, mas também à presença dos inimigos. Eles o provocam perguntando: “Onde está o teu Deus?” (Salmo 42.3,5). Eles fizeram esta pergunta em parte porque eram idólatras – seus deuses podiam ser vistos e tocados, enquanto o “Deus Vivo” (42.2) é invisível, intangível – e em parte porque Deus aparentemente não era capaz de defender seu povo.

Cada estrofe termina com o mesmo refrão, falando consigo mesmo: “Por que você está assim tão triste ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Salmo 42.5,11;43.5).

As pessoas costumam dizer que falar sozinho é o primeiro sinal de loucura. Ao contrário, trata-se de um sinal de maturidade – embora dependa daquilo que estamos conversando conosco mesmos!
No texto o salmista se recusa a resignar-se à sua condição ou ao seu estado de espírito. Ele toma as rédeas de sua vida. Primeiramente, ele se questiona: “Por que você está assim tão triste tão abatida, ó minha alma?” Sua pergunta inclui uma repreensão implícita. Em seguida ele exorta a si mesmo: “Ponha a sua esperança em Deus!”. Somente Deus é digno de confiança.

Por fim ele diz a si mesmo: “Pois ainda o louvarei; ele que é o meu Salvador e o meu Deus.”
O uso duplo do pronome possessivo, “meu Salvador e meu Deus”, é muito significativo. O salmista está reafirmando sua relação de aliança com Deus, e nenhuma variação de humor pode destruir isso.

Nossa oração e alvo como igreja é para que toda a sua família possa ter essa aliança e essa relação com o Deus vivo e Verdadeiro. Queremos ver e nos alegrar com cada membro da sua família declarando de todo coração ao Senhor Jesus: “MEU Salvador e MEU Deus”. Amém?

John Stott (Transcrito e Adaptado do livro: A Bíblia Toda, O Ano Todo”. Pg 97)

Autoridade Espirtual

Fala-se muito, nos dias de hoje, sobre autoridade espiritual; alguns há que creditam tanto sua pretensa autoridade que a oferecem como "cobertura" para outros. Mas qual é a nossa autoridade para pastorear as ovelhas de Cristo? Entendo que a forma mais segura de responder a essa questão é observar Jesus Cristo concedendo essa autoridade para alguém.

Pedro, o apóstolo é o nosso homem. Jesus avisara a seu discípulo que Satanás pedira para cirandá-lo, para peneirá-lo como se faz com o trigo quando de separá-lo das impurezas e que Cristo havia rogado por ele para que sua fé não desfalecesse (Mc 14.27-31). É interessante Satanás se oferecendo para tirar de Pedro todas as impurezas, ele devia pensar que só encontraria impurezas e nenhum trigo. Bem, Pedro foi peneirado e, embora tivesse dito que estava pronto a morrer por Jesus, que o mestre jamais lhe seria um tropeço, ainda que o fosse para os demais, negou a Jesus Cristo, tal como fora avisado (Mc 14.66-72). Parece que só havia impurezas e nenhum trigo.

Como prometera Cristo ressuscitou ao terceiro dia e, entre as orientações que ultimou de seus anjos, convocou a Pedro para encontrar-se com ele na Galiléia ((Mc 16.7). A convocação foi nominal, não havia como o recalcitrante discípulo entender que não era consigo que o Ressurreto queria conversar. Encontraram-se no lugar combinado e, para surpresa geral, o Senhor, ao invés de aplicar ao moço uma severa advertência, perguntou-lhe se este o amava, por três vezes repetiu-lhe a pergunta, recebendo resposta afirmativa em todos os casos. É verdade que o Mestre, por duas vezes, usou para o verbo amar a palavra de descreve um amor incondicional, e que Pedro, o tempo todo, usou a palavra que descreve amizade, termo que o Salvador também usou na terceira inquirição. Pedro, contra todas as expectativas continuou afirmando que era mais amigo de Cristo que os demais, e, finalmente, chamou como testemunha, em sua defesa, a onisciência de Cristo, reconhecendo-o, implicitamente, como Deus (Jo 21.15-22).

Jesus, surpreendentemente, não contestou a Pedro e, mais, a cada uma de suas respostas comissionou-o, em relação ao seu próprio rebanho, para cuidar, alimentar e guiar as suas ovelhas; após o que ordenou-lhe que o seguisse por onde ele o desejasse. Concedeu-lhe o que hodiernamente é chamado de autoridade espiritual.

Com que autoridade Pedro exerceria o pastorado? Como ele lograria não ser denunciado pelo rebanho como falastrão, mentiroso, covarde e traidor? No que consistia a sua autoridade, afinal?

A autoridade de Pedro consistia em ser um pecador perdoado. Sua autoridade era o seu testemunho. Ele podia dizer sem medo: - Ele me perdoou e restaurou e pode fazer isso com qualquer ser humano. A autoridade de Pedro consistia no fato de ser ele portador de um milagre, pois, com todas as suas incoerências e inconstâncias ele amava a Jesus. E isto é um milagre, pois, naturalmente, não há quem busque a Deus (Rm 3.11). Ser salvo é voltar a amar a Deus e atingir o ápice da salvação é a amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Tem Autoridade Espiritual aquele que pode testemunhar do perdão de seus pecados, de ter sido alvo do milagre de voltar a amar a Deus, e ter passado a seguir a Jesus sem prévias condições.

Alguém poderia objetar: - Se é isso! Então qualquer pessoa o pode! Contesto: - E não foi isso que os reformadores quiseram dizer ao ensinar sobre o sacerdócio universal dos santos?

Todos os cristãos podem e todos os cristãos devem.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Graça Barata

Teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer popularizou nos meios teológicos a expressão “graça barata” por meio de seu livro Discipulado (Nachfolge) escrito em 1937. Logo nas primeiras páginas, ele faz um alerta contra a graça barata dizendo:

A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja… (…) Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. (…) A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado. (…)


Bonhoeffer contrasta a graça barata com a graça preciosa, pela qual, segundo ele, devemos lutar:

A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para adquirir a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga as suas redes e o segue. A graça preciosa é o Evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater. Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, lhe dar a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-lo sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho - fostes comprados por preço - e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.

Desde a primeira leitura de Discipulado em 1986, Bonhoeffer se tornou meu teólogo favorito. Como ele, creio que existe a possibilidade de tornar algo tão precioso e belo como a graça de Deus em um conceito vazio, destituído de qualquer poder transformador, uma graça que justifica o pecado, e não o pecador.

Avivamento Pessoal

Atos 9:10-19

Dr. Shedd afirma que avivamento pessoal e comunitário é resultado de pedido fervoroso pelo derramamento do Espírito Santo e Martin Loyd-Jones é taxativo ao dizer que avivamento depende da pregação das doutrinas ortodoxas da Bíblia. Shedd afirma, ainda, que o avivamento traz uma grande sede por santificação e um ardente amor pelas almas perdidas. É a Palavra e a oração produzindo santidade e evangelização.
Um avivamento cria prazer na prática da oração. Como as crianças gostam de brincar e os jovens se empolgam no campo de futebol, os avivados gostam de orar, afirma o nosso amado Dr. Shedd.
Billy Graham conta que quando o John Hyde estava à caminho do campo missionário na Índia, recebeu um telegrama de um velho amigo de seu pai, com a seguinte pergunta , Você está cheio do Espírito Santo? Amassou o telegrama irritado com a insinuação que não estava cheio do Espírito Santo, afinal era um missionário de boa reputação.
Desceu ao camarote e de alguma forma o Espírito Santo lhe inquietou. Desamassou o telegrama, releu, caiu de joelhos e implorou a Deus que lhe enchesse do Espírito Santo. Entregou tudo ao Senhor, em rendição total, e clamou com fé pelo poder do Espírito em sua vida.
Por causa dessa gloriosa experiência Deus pode usa-lo para deflagrar o grande avivamento da Índia e depois foi o instrumento divino para o grande avivamento da Coréia entre 1902 e 1905.
Jonatham Godorth, lá na sua missão na Mandchúria, China, ouviu falar desse avivamento e foi motivado a buscar o enchimento do Espírito Santo. E, pouco tempo depois, foi usado por Deus para irromper o grande avivamento da Mandchúria, considerado um dos maiores reavivamentos de todos os tempos.
Billy Graham conclui: três grandes avivamentos com milhares de almas salvas e a igreja fortalecida em três nações diferentes por causa de um homem que buscou e encontrou o avivamento pessoal.
Assim como John Hyde, Paulo também encontrou o avivamento pessoal. Deus usou Ananias para ajudar Paulo a encontrar esta grande bênção. Ananias orou e Paulo foi cheio do Espírito Santo. A partir daquele momento Paulo era outro homem e estava pronto para fazer toda a vontade de Deus e viver intensamente para a Sua glória e cumprir cabalmente o ministério que recebeu do Senhor Jesus Cristo.
Esta bênção é também para os nossos dias, é também para você. Busque e encontrará, pois Deus deseja ardentemente enche-lo do Seu Espírito. ``Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração e serei achado de vós, Jeremias 29:13,14a.

Jugo Suave

Os rabinos são intérpretes da Lei. Sua ocupação é discernir como viver a vontade de Deus expressa na Lei. Por esta razão têm autoridade para proibir e permitir, dizer o que pode e deve ser feito para que a Lei seja cumprida e que não pode e não deve ser feito para que a Lei seja abolida. O conjunto de permissões e proibições de um rabino consistia no “jugo do rabino”. Todo rabino tem um jugo, que seus discípulos assumem como a melhor maneira de cumprir a Lei. Todo rabino ensina sob o jugo de outro rabino. Até que apareça algum rabino que afirme ter seu próprio jugo, independentemente do jugo dos rabinos mais antigos. Para ganhar autoridade de ter seu próprio jugo, o novo rabino deve ser autorizado por pelo menos dois rabinos reconhecidos pela comunidade de rabinos. Quando um novo rabino ganha autorização para ter seu próprio jugo, é dito que ele ganhou as chaves do reino, e agora está apto para permitir e proibir, isto é, dizer o que deve e o que não deve, o que pode e o que não pode ser feito por quem deseja cumprir a Lei.

Jesus entrou em cena sob o testemunho de João Batista, e sobre ele se materializou o Espírito Santo na forma corpórea de uma pomba, seguida da voz dos céus: “Este é meu Filho amado, ouçam o que ele diz”. Dessa maneira, Jesus recebeu autorização de duas fontes de autoridade para ter seu próprio jugo, isto é, recebeu as chaves do reino, e desde então passou a ensinar dizendo: “Ouvistes o que foi dito, eu, porém, vos digo”. Convidava pessoas para que se submetessem ao seu conjunto de permissões e proibições dizendo: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Ao final de seu ministério terreno disse a Pedro, que representava a igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus: “Dou a vocês as chaves do reino”, e assim transferiu à sua igreja a autoridade para ligar e desligar, proibir e permitir.

Os apóstolos compreenderam isso e utilizaram essa prerrogativa em Atos 15, quando decidiram aliviar o jugo que pesava sobre os ombros dos novos cristãos, decidindo que estavam livres de cumprir a Lei de Moisés, devendo observar apenas três ou quatro regras. Em 1Coríntios 7 o apóstolo Paulo também usou “as chaves do reino” para legislar a respeito do divórcio. No tempo de Jesus os rabinos que seguiam Hilel acreditavam que se podia divorciar por qualquer motivo, enquanto os discípulos de Shamai admitiam o divórcio somente em caso de imoralidade sexual. Jesus concordou com Shamai. Mas o apóstolo Paulo acrescentou mais um motivo legítimo para o divórcio: o abandono pelo descrente por motivo da fé de seu cônjuge convertido.

As comunidades cristãs têm nas mãos as “chaves do reino”, isto é, têm o direito e o dever de avaliar o jugo que se deve impor aos discípulos cristãos em cada contexto sócio-cultural aonde chega o evangelho. Toda comunidade cristã deve ter a coragem de afirmar “pareceu bem a nós e ao Espírito Santo não lhes impor nada além das seguintes exigências...”. Tanto o moralismo legalista quanto a permissividade libertina causam mal às pessoas que pretendem viver de modo digno do Evangelho de Jesus Cristo.
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Para aprofundar sua reflexão, recomendo: Bell, Rob. Velvet Elvis. Zondervan.

Líderes precisam tirar toalha e bacia do armário

De todas as funções que precisam ser resgatadas na Igreja, a de servo é a principal e mais urgente. Esta é a convicção do pastor Lázaro Aguiar Valvassoura, Superintendente da Igreja do Nazareno no Brasil e pastor da Igreja do Nazareno Central de Campinas.

Aguiar, como é conhecido, falou no último dia 15 de agosto, durante café de pastores realizado na Igreja Evangélica de Campinas. Durante a palavra, os cerca de 80 pastores presentes inclinavam suas cabeças à frente, em aprovação à palavra ouvida.

— A liderança brasileira precisa restaurar o ministério de servo — disse Aguiar. ´Estamos vivendo hoje uma situação inusitada. Ser pastor hoje é pouco. No mínimo, as pessoas querem ser vice-Deus.

Querem ser chamadas de bispos, de apóstololos. Há até irmãs que ferem a língua-mãe e se auto-denominem bispa, uma palavra que sequer existe no dicionário. O feminimo de bispo é episcopisa.

Está na hora dos homens de Deus do Brasil tirarem a toalha e a bacia do armário, pregou Aguiar. Se Jesus fez, também devemos fazer.

Aguiar relembra: Depois de pregar uma mensagem gloriosa, Jesus se fecha em uma sala. Os discípulos estão, pensando que coisa incrível Jesus faria naquela hora, afinal tinha acabado de ressuscitar um homem, Lázaro, e entrara festivamente em Jerusalém.

Jesus saiu e voltou com uma toalha nas mãos e uma bacia com água. É a primeira vez que Deus se ajoelha aos pés do homem. É impossível lavar os pés de alguém sem se ajoelhar. E olha que Judas também estava lá. Jesus também lavou os pés de Judas.

Jesus começou pelos pés. E, infelizmente, o que vemos hoje, é uma multidão de líderes querendo fazer a cabeça de seus liderados, da igreja. Se você quiser fazer a cabeça de alguém, comece lavando seus pés. As ferramentas de um líder cristão são a bacia e a toalha. Ferramentas de um servo, de um escravo por amor. E aqueles homens serviam a Deus e às pessoas. Não serviam a denominações, a instituições.

Não serviam a si mesmos. Precisamos voltar às nossas bases, ao serviço. Aguiar Valvassoura conta que desde o ano passado uma enfermidade o levou a fazer uma revisão produnda do seu ministério. Enquanto estava sendo curado, foi levado a uma intimidade com Deus e a rever valores.

O principal, que tem mudado sua vida é uma verdade simples, mas que por não ser aplicada, atrapalha a muitos líderes. ‘A Igreja não é nossa, é do Senhor’. O Senhor diz que sobre a revelação de que Ele é o Filho do Deus vivo edificaria a Sua igreja. Precisamos servir mais e deixar que o próprio Deus governe a Sua casa, concluiu o pastor.

Sabe qual é a senha para entrarmos na glória de Deus? Ouvir esta palavra do Todo Poderos”: ‘Bom está, servo bom e fiel’. Você é o líder de uma igreja de 100 mil membros? Seja servo e fiel nisto. É líder de uma igreja de 40 pessoas? Seja servo e fiel nisto. Ambas não pertencem a ninguém.Todas são propriedade exclusiva de Deus.