Teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer popularizou nos meios teológicos a expressão “graça barata” por meio de seu livro Discipulado (Nachfolge) escrito em 1937. Logo nas primeiras páginas, ele faz um alerta contra a graça barata dizendo:
A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja… (…) Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. (…) A graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado. (…)
Bonhoeffer contrasta a graça barata com a graça preciosa, pela qual, segundo ele, devemos lutar:
A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para adquirir a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga as suas redes e o segue. A graça preciosa é o Evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater. Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, lhe dar a vida; é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-lo sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho - fostes comprados por preço - e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A graça preciosa é a encarnação de Deus.
Desde a primeira leitura de Discipulado em 1986, Bonhoeffer se tornou meu teólogo favorito. Como ele, creio que existe a possibilidade de tornar algo tão precioso e belo como a graça de Deus em um conceito vazio, destituído de qualquer poder transformador, uma graça que justifica o pecado, e não o pecador.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Avivamento Pessoal
Atos 9:10-19
Dr. Shedd afirma que avivamento pessoal e comunitário é resultado de pedido fervoroso pelo derramamento do Espírito Santo e Martin Loyd-Jones é taxativo ao dizer que avivamento depende da pregação das doutrinas ortodoxas da Bíblia. Shedd afirma, ainda, que o avivamento traz uma grande sede por santificação e um ardente amor pelas almas perdidas. É a Palavra e a oração produzindo santidade e evangelização.
Um avivamento cria prazer na prática da oração. Como as crianças gostam de brincar e os jovens se empolgam no campo de futebol, os avivados gostam de orar, afirma o nosso amado Dr. Shedd.
Billy Graham conta que quando o John Hyde estava à caminho do campo missionário na Índia, recebeu um telegrama de um velho amigo de seu pai, com a seguinte pergunta , Você está cheio do Espírito Santo? Amassou o telegrama irritado com a insinuação que não estava cheio do Espírito Santo, afinal era um missionário de boa reputação.
Desceu ao camarote e de alguma forma o Espírito Santo lhe inquietou. Desamassou o telegrama, releu, caiu de joelhos e implorou a Deus que lhe enchesse do Espírito Santo. Entregou tudo ao Senhor, em rendição total, e clamou com fé pelo poder do Espírito em sua vida.
Por causa dessa gloriosa experiência Deus pode usa-lo para deflagrar o grande avivamento da Índia e depois foi o instrumento divino para o grande avivamento da Coréia entre 1902 e 1905.
Jonatham Godorth, lá na sua missão na Mandchúria, China, ouviu falar desse avivamento e foi motivado a buscar o enchimento do Espírito Santo. E, pouco tempo depois, foi usado por Deus para irromper o grande avivamento da Mandchúria, considerado um dos maiores reavivamentos de todos os tempos.
Billy Graham conclui: três grandes avivamentos com milhares de almas salvas e a igreja fortalecida em três nações diferentes por causa de um homem que buscou e encontrou o avivamento pessoal.
Assim como John Hyde, Paulo também encontrou o avivamento pessoal. Deus usou Ananias para ajudar Paulo a encontrar esta grande bênção. Ananias orou e Paulo foi cheio do Espírito Santo. A partir daquele momento Paulo era outro homem e estava pronto para fazer toda a vontade de Deus e viver intensamente para a Sua glória e cumprir cabalmente o ministério que recebeu do Senhor Jesus Cristo.
Esta bênção é também para os nossos dias, é também para você. Busque e encontrará, pois Deus deseja ardentemente enche-lo do Seu Espírito. ``Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração e serei achado de vós, Jeremias 29:13,14a.
Dr. Shedd afirma que avivamento pessoal e comunitário é resultado de pedido fervoroso pelo derramamento do Espírito Santo e Martin Loyd-Jones é taxativo ao dizer que avivamento depende da pregação das doutrinas ortodoxas da Bíblia. Shedd afirma, ainda, que o avivamento traz uma grande sede por santificação e um ardente amor pelas almas perdidas. É a Palavra e a oração produzindo santidade e evangelização.
Um avivamento cria prazer na prática da oração. Como as crianças gostam de brincar e os jovens se empolgam no campo de futebol, os avivados gostam de orar, afirma o nosso amado Dr. Shedd.
Billy Graham conta que quando o John Hyde estava à caminho do campo missionário na Índia, recebeu um telegrama de um velho amigo de seu pai, com a seguinte pergunta , Você está cheio do Espírito Santo? Amassou o telegrama irritado com a insinuação que não estava cheio do Espírito Santo, afinal era um missionário de boa reputação.
Desceu ao camarote e de alguma forma o Espírito Santo lhe inquietou. Desamassou o telegrama, releu, caiu de joelhos e implorou a Deus que lhe enchesse do Espírito Santo. Entregou tudo ao Senhor, em rendição total, e clamou com fé pelo poder do Espírito em sua vida.
Por causa dessa gloriosa experiência Deus pode usa-lo para deflagrar o grande avivamento da Índia e depois foi o instrumento divino para o grande avivamento da Coréia entre 1902 e 1905.
Jonatham Godorth, lá na sua missão na Mandchúria, China, ouviu falar desse avivamento e foi motivado a buscar o enchimento do Espírito Santo. E, pouco tempo depois, foi usado por Deus para irromper o grande avivamento da Mandchúria, considerado um dos maiores reavivamentos de todos os tempos.
Billy Graham conclui: três grandes avivamentos com milhares de almas salvas e a igreja fortalecida em três nações diferentes por causa de um homem que buscou e encontrou o avivamento pessoal.
Assim como John Hyde, Paulo também encontrou o avivamento pessoal. Deus usou Ananias para ajudar Paulo a encontrar esta grande bênção. Ananias orou e Paulo foi cheio do Espírito Santo. A partir daquele momento Paulo era outro homem e estava pronto para fazer toda a vontade de Deus e viver intensamente para a Sua glória e cumprir cabalmente o ministério que recebeu do Senhor Jesus Cristo.
Esta bênção é também para os nossos dias, é também para você. Busque e encontrará, pois Deus deseja ardentemente enche-lo do Seu Espírito. ``Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração e serei achado de vós, Jeremias 29:13,14a.
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avivamento - Pr. Sergio Ribeiro
Jugo Suave
Os rabinos são intérpretes da Lei. Sua ocupação é discernir como viver a vontade de Deus expressa na Lei. Por esta razão têm autoridade para proibir e permitir, dizer o que pode e deve ser feito para que a Lei seja cumprida e que não pode e não deve ser feito para que a Lei seja abolida. O conjunto de permissões e proibições de um rabino consistia no “jugo do rabino”. Todo rabino tem um jugo, que seus discípulos assumem como a melhor maneira de cumprir a Lei. Todo rabino ensina sob o jugo de outro rabino. Até que apareça algum rabino que afirme ter seu próprio jugo, independentemente do jugo dos rabinos mais antigos. Para ganhar autoridade de ter seu próprio jugo, o novo rabino deve ser autorizado por pelo menos dois rabinos reconhecidos pela comunidade de rabinos. Quando um novo rabino ganha autorização para ter seu próprio jugo, é dito que ele ganhou as chaves do reino, e agora está apto para permitir e proibir, isto é, dizer o que deve e o que não deve, o que pode e o que não pode ser feito por quem deseja cumprir a Lei.
Jesus entrou em cena sob o testemunho de João Batista, e sobre ele se materializou o Espírito Santo na forma corpórea de uma pomba, seguida da voz dos céus: “Este é meu Filho amado, ouçam o que ele diz”. Dessa maneira, Jesus recebeu autorização de duas fontes de autoridade para ter seu próprio jugo, isto é, recebeu as chaves do reino, e desde então passou a ensinar dizendo: “Ouvistes o que foi dito, eu, porém, vos digo”. Convidava pessoas para que se submetessem ao seu conjunto de permissões e proibições dizendo: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Ao final de seu ministério terreno disse a Pedro, que representava a igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus: “Dou a vocês as chaves do reino”, e assim transferiu à sua igreja a autoridade para ligar e desligar, proibir e permitir.
Os apóstolos compreenderam isso e utilizaram essa prerrogativa em Atos 15, quando decidiram aliviar o jugo que pesava sobre os ombros dos novos cristãos, decidindo que estavam livres de cumprir a Lei de Moisés, devendo observar apenas três ou quatro regras. Em 1Coríntios 7 o apóstolo Paulo também usou “as chaves do reino” para legislar a respeito do divórcio. No tempo de Jesus os rabinos que seguiam Hilel acreditavam que se podia divorciar por qualquer motivo, enquanto os discípulos de Shamai admitiam o divórcio somente em caso de imoralidade sexual. Jesus concordou com Shamai. Mas o apóstolo Paulo acrescentou mais um motivo legítimo para o divórcio: o abandono pelo descrente por motivo da fé de seu cônjuge convertido.
As comunidades cristãs têm nas mãos as “chaves do reino”, isto é, têm o direito e o dever de avaliar o jugo que se deve impor aos discípulos cristãos em cada contexto sócio-cultural aonde chega o evangelho. Toda comunidade cristã deve ter a coragem de afirmar “pareceu bem a nós e ao Espírito Santo não lhes impor nada além das seguintes exigências...”. Tanto o moralismo legalista quanto a permissividade libertina causam mal às pessoas que pretendem viver de modo digno do Evangelho de Jesus Cristo.
____________________________
Para aprofundar sua reflexão, recomendo: Bell, Rob. Velvet Elvis. Zondervan.
Jesus entrou em cena sob o testemunho de João Batista, e sobre ele se materializou o Espírito Santo na forma corpórea de uma pomba, seguida da voz dos céus: “Este é meu Filho amado, ouçam o que ele diz”. Dessa maneira, Jesus recebeu autorização de duas fontes de autoridade para ter seu próprio jugo, isto é, recebeu as chaves do reino, e desde então passou a ensinar dizendo: “Ouvistes o que foi dito, eu, porém, vos digo”. Convidava pessoas para que se submetessem ao seu conjunto de permissões e proibições dizendo: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Ao final de seu ministério terreno disse a Pedro, que representava a igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus: “Dou a vocês as chaves do reino”, e assim transferiu à sua igreja a autoridade para ligar e desligar, proibir e permitir.
Os apóstolos compreenderam isso e utilizaram essa prerrogativa em Atos 15, quando decidiram aliviar o jugo que pesava sobre os ombros dos novos cristãos, decidindo que estavam livres de cumprir a Lei de Moisés, devendo observar apenas três ou quatro regras. Em 1Coríntios 7 o apóstolo Paulo também usou “as chaves do reino” para legislar a respeito do divórcio. No tempo de Jesus os rabinos que seguiam Hilel acreditavam que se podia divorciar por qualquer motivo, enquanto os discípulos de Shamai admitiam o divórcio somente em caso de imoralidade sexual. Jesus concordou com Shamai. Mas o apóstolo Paulo acrescentou mais um motivo legítimo para o divórcio: o abandono pelo descrente por motivo da fé de seu cônjuge convertido.
As comunidades cristãs têm nas mãos as “chaves do reino”, isto é, têm o direito e o dever de avaliar o jugo que se deve impor aos discípulos cristãos em cada contexto sócio-cultural aonde chega o evangelho. Toda comunidade cristã deve ter a coragem de afirmar “pareceu bem a nós e ao Espírito Santo não lhes impor nada além das seguintes exigências...”. Tanto o moralismo legalista quanto a permissividade libertina causam mal às pessoas que pretendem viver de modo digno do Evangelho de Jesus Cristo.
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Para aprofundar sua reflexão, recomendo: Bell, Rob. Velvet Elvis. Zondervan.
Líderes precisam tirar toalha e bacia do armário
De todas as funções que precisam ser resgatadas na Igreja, a de servo é a principal e mais urgente. Esta é a convicção do pastor Lázaro Aguiar Valvassoura, Superintendente da Igreja do Nazareno no Brasil e pastor da Igreja do Nazareno Central de Campinas.
Aguiar, como é conhecido, falou no último dia 15 de agosto, durante café de pastores realizado na Igreja Evangélica de Campinas. Durante a palavra, os cerca de 80 pastores presentes inclinavam suas cabeças à frente, em aprovação à palavra ouvida.
— A liderança brasileira precisa restaurar o ministério de servo — disse Aguiar. ´Estamos vivendo hoje uma situação inusitada. Ser pastor hoje é pouco. No mínimo, as pessoas querem ser vice-Deus.
Querem ser chamadas de bispos, de apóstololos. Há até irmãs que ferem a língua-mãe e se auto-denominem bispa, uma palavra que sequer existe no dicionário. O feminimo de bispo é episcopisa.
Está na hora dos homens de Deus do Brasil tirarem a toalha e a bacia do armário, pregou Aguiar. Se Jesus fez, também devemos fazer.
Aguiar relembra: Depois de pregar uma mensagem gloriosa, Jesus se fecha em uma sala. Os discípulos estão, pensando que coisa incrível Jesus faria naquela hora, afinal tinha acabado de ressuscitar um homem, Lázaro, e entrara festivamente em Jerusalém.
Jesus saiu e voltou com uma toalha nas mãos e uma bacia com água. É a primeira vez que Deus se ajoelha aos pés do homem. É impossível lavar os pés de alguém sem se ajoelhar. E olha que Judas também estava lá. Jesus também lavou os pés de Judas.
Jesus começou pelos pés. E, infelizmente, o que vemos hoje, é uma multidão de líderes querendo fazer a cabeça de seus liderados, da igreja. Se você quiser fazer a cabeça de alguém, comece lavando seus pés. As ferramentas de um líder cristão são a bacia e a toalha. Ferramentas de um servo, de um escravo por amor. E aqueles homens serviam a Deus e às pessoas. Não serviam a denominações, a instituições.
Não serviam a si mesmos. Precisamos voltar às nossas bases, ao serviço. Aguiar Valvassoura conta que desde o ano passado uma enfermidade o levou a fazer uma revisão produnda do seu ministério. Enquanto estava sendo curado, foi levado a uma intimidade com Deus e a rever valores.
O principal, que tem mudado sua vida é uma verdade simples, mas que por não ser aplicada, atrapalha a muitos líderes. ‘A Igreja não é nossa, é do Senhor’. O Senhor diz que sobre a revelação de que Ele é o Filho do Deus vivo edificaria a Sua igreja. Precisamos servir mais e deixar que o próprio Deus governe a Sua casa, concluiu o pastor.
Sabe qual é a senha para entrarmos na glória de Deus? Ouvir esta palavra do Todo Poderos”: ‘Bom está, servo bom e fiel’. Você é o líder de uma igreja de 100 mil membros? Seja servo e fiel nisto. É líder de uma igreja de 40 pessoas? Seja servo e fiel nisto. Ambas não pertencem a ninguém.Todas são propriedade exclusiva de Deus.
Aguiar, como é conhecido, falou no último dia 15 de agosto, durante café de pastores realizado na Igreja Evangélica de Campinas. Durante a palavra, os cerca de 80 pastores presentes inclinavam suas cabeças à frente, em aprovação à palavra ouvida.
— A liderança brasileira precisa restaurar o ministério de servo — disse Aguiar. ´Estamos vivendo hoje uma situação inusitada. Ser pastor hoje é pouco. No mínimo, as pessoas querem ser vice-Deus.
Querem ser chamadas de bispos, de apóstololos. Há até irmãs que ferem a língua-mãe e se auto-denominem bispa, uma palavra que sequer existe no dicionário. O feminimo de bispo é episcopisa.
Está na hora dos homens de Deus do Brasil tirarem a toalha e a bacia do armário, pregou Aguiar. Se Jesus fez, também devemos fazer.
Aguiar relembra: Depois de pregar uma mensagem gloriosa, Jesus se fecha em uma sala. Os discípulos estão, pensando que coisa incrível Jesus faria naquela hora, afinal tinha acabado de ressuscitar um homem, Lázaro, e entrara festivamente em Jerusalém.
Jesus saiu e voltou com uma toalha nas mãos e uma bacia com água. É a primeira vez que Deus se ajoelha aos pés do homem. É impossível lavar os pés de alguém sem se ajoelhar. E olha que Judas também estava lá. Jesus também lavou os pés de Judas.
Jesus começou pelos pés. E, infelizmente, o que vemos hoje, é uma multidão de líderes querendo fazer a cabeça de seus liderados, da igreja. Se você quiser fazer a cabeça de alguém, comece lavando seus pés. As ferramentas de um líder cristão são a bacia e a toalha. Ferramentas de um servo, de um escravo por amor. E aqueles homens serviam a Deus e às pessoas. Não serviam a denominações, a instituições.
Não serviam a si mesmos. Precisamos voltar às nossas bases, ao serviço. Aguiar Valvassoura conta que desde o ano passado uma enfermidade o levou a fazer uma revisão produnda do seu ministério. Enquanto estava sendo curado, foi levado a uma intimidade com Deus e a rever valores.
O principal, que tem mudado sua vida é uma verdade simples, mas que por não ser aplicada, atrapalha a muitos líderes. ‘A Igreja não é nossa, é do Senhor’. O Senhor diz que sobre a revelação de que Ele é o Filho do Deus vivo edificaria a Sua igreja. Precisamos servir mais e deixar que o próprio Deus governe a Sua casa, concluiu o pastor.
Sabe qual é a senha para entrarmos na glória de Deus? Ouvir esta palavra do Todo Poderos”: ‘Bom está, servo bom e fiel’. Você é o líder de uma igreja de 100 mil membros? Seja servo e fiel nisto. É líder de uma igreja de 40 pessoas? Seja servo e fiel nisto. Ambas não pertencem a ninguém.Todas são propriedade exclusiva de Deus.
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Liderança,
Serviço - Pr. Aguiar Valvassoura
Pastorear em Meio ao Caos
Domingo, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Assentado num dos primeiros bancos do templo, levanto os olhos para verificar se os músicos já estão prontos. Todos têm uma cópia da liturgia do culto, a qual foi previamente preparada durante a semana. Olho para minha Bíblia para verificar se o esboço do sermão está colocado no lugar exato da passagem a ser lida. Olho ao redor e vejo todos bem arrumados e assentados e, aparentemente, prontos para adorar a Deus e ouvir Sua palavra. Levanto-me e caminho até a frente para saudar a todos. Tenho em mim certa sensação de que tudo está sob controle. Assim, aos domingos a vida pastoral não parece ser tão difícil. Exige certo trabalho, sim. Mas, com alguma dedicação e preparo prévio, tudo pode ser arranjado de forma que esteja sob controle.
Terça-feira, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Após um agradável dia de folga, estou iniciando uma nova semana de serviço pastoral. Logo pela manhã, recebo um telefonema de uma mulher que no último Domingo, assentada de braços dados com seu marido, participava de forma contagiante do culto. Com a voz trêmula, ela informa que o marido acabou de deixar a família. No dia seguinte, recebo a notícia de que um dos presbíteros da Igreja, um dos que participaram da Ceia do Senhor no último Domingo foi hospitalizado em caráter urgente e precisa ser submetido a uma cirurgia muito delicada. Na Quinta-feira entra no gabinete pastoral uma das jovens da equipe de louvor. Cumprimento-a pela linda música que cantou no culto de Domingo. Em seguida, sem levantar os olhos, ela conta-me que está grávida de seu último namorado. Chego na Sexta-feira precisando preparar a mensagem e a liturgia do próximo Domingo com a sensação de que tudo está fora de controle e o mundo retornou ao caos.
Assim, como muitos outros pastores, deparo-me com a realidade de que, apesar do Domingo ser um dia essencial no serviço pastoral, muito deste ministério precisa ser feito em meio ao caos de Segunda a Sábado. Para o aumento de meu desespero, constato que recebi muitas ferramentas para ser um bom pastor no ambiente dominical, mas estou desprovido de recursos para lidar com o mundo hostil de Segunda a Sábado. Preciso então desenvolver a arte de pastorear em meio ao caos, ou como Eugene H. Peterson coloca, "a arte de orar em meio ao tráfico".
Vender Mapas ou Guiar Vidas
Certa vez, lendo e meditando sob o encontro de Filipe com o oficial etíope descrito no capítulo oito de Atos, fui conduzido a uma profunda reavaliação de meu ministério diante de um comentário sobre o verso 31. Segundo o relato bíblico, após ser questionado por Filipe quanto à compreensão do que vinha lendo, o oficial etíope respondeu com outra pergunta: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?"
Sempre tive por óbvio o sentido do verbo aqui traduzido por "explicar" até que percebi que o termo grego ali usado é o verbo hodogéu (guiar ou conduzir). Este verbo foi utilizado na antigüidade para definir a atividade dos guias que conduziam pessoas através do deserto. Eles tinham os pés nos mesmos caminhos que as pessoas que guiavam, enfrentavam o calor do meio-dia, bem como o frio das noites.
Em franco contraste com a imagem dos guias, temos os vendedores de mapas. Estes últimos se apresentam das formas mais criativas, possuem idéias tremendas acerca dos desertos, são detentores de um grande poder de persuasão e prometem muitas vantagens aos interessados em seu produto. No entanto, eles não ousam caminhar ao lado das pessoas debaixo do sol escaldante ou em meio às noites frias. O papel deles restringe-se a oferecer mapas para os mais variados desertos da vida.
O oficial etíope, quando questionado por Filipe, declara a necessidade de ser acompanhado por um guia através de sua jornada espiritual. Em Atos 8.31 encontramos Filipe entrando na carruagem, sentando-se ao lado do oficial e seguindo com ele o caminho. E, começando por onde aquele homem se encontrava, guiou-o até Jesus (Atos 8.35). A opção de Filipe não é a de vender mapas, mas de guiar aquele homem.
O ministério pastoral, quando centralizado somente nos eventos dominicais, em muito pode se aproximar da atividade desenvolvida pelos vendedores de mapas. O ambiente pode ser preparado para inspirar, a música ensaiada para emocionar e as palavras elaboradas para motivar, mas, o distanciamento das pessoas e do caos em que vivem pode fazer deste momento um ato de se vender mapas. Diferentemente, quando o ministério pastoral é vivido em meio ao caos e há disposição de se estar próximo e atento às crises e às dores das pessoas, a imagem cristã do guia espiritual é resgatada na comunidade. O pastor torna-se aquele que ministra com relevância não apenas aos Domingos, mas especialmente entre Domingos, guiando e conduzindo pessoas através das crises e em meio ao caos.
Oração, Escrituras e Mentoria
No desafio de pastorear vidas em meio ao caos, creio que um dos grandes obstáculos que encontramos na atualidade é a visão errônea de que cabe a nós, pastores, a tarefa de resolver problemas. No mundo científico-industrial em que vivemos, problemas são vistos como barreiras a serem transpostas, e isso de forma mais prática e imediata possível. Assim, espera-se que "bons pastores" sejam pessoas prontas para responder a qualquer questão, para dar o palpite certo em tempos de indefinição e para orar com "eficácia" diante da enfermidade, desemprego, crise familiar, entre outras coisas.
Diferentemente, na tradição cristã, os problemas são vistos não como barreiras a serem transpostas de forma imediata e pragmática, mas, como mistérios a serem explorados. Por sua vez, os pastores não são vistos como miniaturas de Deus que resolvem os problemas que lhe são apresentados, mas, como homens e mulheres prontos a caminhar, em amor e em discernimento, ao lado daqueles que enfrentam a crise e o caos. Nesta jornada, mais importante do que a solução para a dor é a percepção de Deus e de Sua ação.
Por isso, como pastores, precisamos resgatar a prática da oração. Na medida em que oramos, ganhamos sensibilidade para perceber o que Deus está fazendo em nossas próprias vidas. Nossa própria história ganha sentido na medida em que percebemos o mover de Deus em nossa existência, nos conduzindo, nos lapidando e nos amando. A oração, diferentemente de muitas práticas contemporâneas, nos torna mais prontos ao mover de Deus e à confiança no que Ele está fazendo.
Além da oração, precisamos também resgatar a leitura sensível das Escrituras. Quando lemos e meditamos nas Escrituras, ganhamos sensibilidade para perceber como Deus está, constante e ativamente, presente na vida de Seu povo ao longo da História. A leitura das Escrituras oferece-nos a percepção e a convicção de que não existe casualidade, nem mesmo fatalidades. Por detrás de eventos e encontros, Deus está agindo na vida de Seu povo e a nós cabe estarmos sensíveis e atentos ao Seu mover.
No entanto, tanto a oração e a leitura sensível das Escrituras não podem ser tidas por práticas alienadoras e individualizantes. Ambas nos exercitam rumo ao pastoreio de vidas como guias que conduzem pessoas através do caos. Enquanto a oração nos convida à sensibilidade para com a ação de Deus em nossas próprias vidas, a leitura das Escrituras nos conduz à percepção da ação de Deus na História. No entanto, ambas nos preparam para a mentoria, a sensibilidade para com o que Deus está fazendo na vida daqueles que nos cercam.
Conclusão
Antigamente, como afirma Eugene Peterson, não existia muita diferença entre o que o pastor fazia aos Domingos e o que realizava entre Domingos. Tanto aos Domingos como entre Domingos, a tarefa pastoral era caracterizada pelo serviço de guiar homens e mulheres ao longo de seus desertos existenciais, através de suas crises e dores. Neste serviço, pastores faziam uso da oração e da leitura das Escrituras. No entanto, atualmente, o serviço pastoral tem se distinguido em "Ministério aos Domingos" e "Ministério entre Domingos". E a grande mudança tem se dado no caráter das atividades que um pastor faz "entre Domingos", as quais têm sido grandemente definidas como práticas para "tocar uma Igreja" assim como um empresário toca sua empresa.
No entanto, estou convencido de que a grande carência de nossas igrejas na atualidade não é a de grandes visionários com suas propostas megalomaníacas, nem de marqueteiros com suas técnicas para aumentar a visibilidade e a aceitação das igrejas no mercado, nem muito menos de "vendedores de mapas" que articulam com maestria as palavras. Nossas igrejas estão necessitando de pais dispostos a viver com seus filhos, conduzindo-os através de suas limitações e crises, com amor e paciência na direção da maturidade em Cristo Jesus. Nossas comunidades precisam de guias que, através da oração e da Palavra, ajudem as pessoas a caminharem através de suas crises e a viverem em meio ao caos.
Terça-feira, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Após um agradável dia de folga, estou iniciando uma nova semana de serviço pastoral. Logo pela manhã, recebo um telefonema de uma mulher que no último Domingo, assentada de braços dados com seu marido, participava de forma contagiante do culto. Com a voz trêmula, ela informa que o marido acabou de deixar a família. No dia seguinte, recebo a notícia de que um dos presbíteros da Igreja, um dos que participaram da Ceia do Senhor no último Domingo foi hospitalizado em caráter urgente e precisa ser submetido a uma cirurgia muito delicada. Na Quinta-feira entra no gabinete pastoral uma das jovens da equipe de louvor. Cumprimento-a pela linda música que cantou no culto de Domingo. Em seguida, sem levantar os olhos, ela conta-me que está grávida de seu último namorado. Chego na Sexta-feira precisando preparar a mensagem e a liturgia do próximo Domingo com a sensação de que tudo está fora de controle e o mundo retornou ao caos.
Assim, como muitos outros pastores, deparo-me com a realidade de que, apesar do Domingo ser um dia essencial no serviço pastoral, muito deste ministério precisa ser feito em meio ao caos de Segunda a Sábado. Para o aumento de meu desespero, constato que recebi muitas ferramentas para ser um bom pastor no ambiente dominical, mas estou desprovido de recursos para lidar com o mundo hostil de Segunda a Sábado. Preciso então desenvolver a arte de pastorear em meio ao caos, ou como Eugene H. Peterson coloca, "a arte de orar em meio ao tráfico".
Vender Mapas ou Guiar Vidas
Certa vez, lendo e meditando sob o encontro de Filipe com o oficial etíope descrito no capítulo oito de Atos, fui conduzido a uma profunda reavaliação de meu ministério diante de um comentário sobre o verso 31. Segundo o relato bíblico, após ser questionado por Filipe quanto à compreensão do que vinha lendo, o oficial etíope respondeu com outra pergunta: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?"
Sempre tive por óbvio o sentido do verbo aqui traduzido por "explicar" até que percebi que o termo grego ali usado é o verbo hodogéu (guiar ou conduzir). Este verbo foi utilizado na antigüidade para definir a atividade dos guias que conduziam pessoas através do deserto. Eles tinham os pés nos mesmos caminhos que as pessoas que guiavam, enfrentavam o calor do meio-dia, bem como o frio das noites.
Em franco contraste com a imagem dos guias, temos os vendedores de mapas. Estes últimos se apresentam das formas mais criativas, possuem idéias tremendas acerca dos desertos, são detentores de um grande poder de persuasão e prometem muitas vantagens aos interessados em seu produto. No entanto, eles não ousam caminhar ao lado das pessoas debaixo do sol escaldante ou em meio às noites frias. O papel deles restringe-se a oferecer mapas para os mais variados desertos da vida.
O oficial etíope, quando questionado por Filipe, declara a necessidade de ser acompanhado por um guia através de sua jornada espiritual. Em Atos 8.31 encontramos Filipe entrando na carruagem, sentando-se ao lado do oficial e seguindo com ele o caminho. E, começando por onde aquele homem se encontrava, guiou-o até Jesus (Atos 8.35). A opção de Filipe não é a de vender mapas, mas de guiar aquele homem.
O ministério pastoral, quando centralizado somente nos eventos dominicais, em muito pode se aproximar da atividade desenvolvida pelos vendedores de mapas. O ambiente pode ser preparado para inspirar, a música ensaiada para emocionar e as palavras elaboradas para motivar, mas, o distanciamento das pessoas e do caos em que vivem pode fazer deste momento um ato de se vender mapas. Diferentemente, quando o ministério pastoral é vivido em meio ao caos e há disposição de se estar próximo e atento às crises e às dores das pessoas, a imagem cristã do guia espiritual é resgatada na comunidade. O pastor torna-se aquele que ministra com relevância não apenas aos Domingos, mas especialmente entre Domingos, guiando e conduzindo pessoas através das crises e em meio ao caos.
Oração, Escrituras e Mentoria
No desafio de pastorear vidas em meio ao caos, creio que um dos grandes obstáculos que encontramos na atualidade é a visão errônea de que cabe a nós, pastores, a tarefa de resolver problemas. No mundo científico-industrial em que vivemos, problemas são vistos como barreiras a serem transpostas, e isso de forma mais prática e imediata possível. Assim, espera-se que "bons pastores" sejam pessoas prontas para responder a qualquer questão, para dar o palpite certo em tempos de indefinição e para orar com "eficácia" diante da enfermidade, desemprego, crise familiar, entre outras coisas.
Diferentemente, na tradição cristã, os problemas são vistos não como barreiras a serem transpostas de forma imediata e pragmática, mas, como mistérios a serem explorados. Por sua vez, os pastores não são vistos como miniaturas de Deus que resolvem os problemas que lhe são apresentados, mas, como homens e mulheres prontos a caminhar, em amor e em discernimento, ao lado daqueles que enfrentam a crise e o caos. Nesta jornada, mais importante do que a solução para a dor é a percepção de Deus e de Sua ação.
Por isso, como pastores, precisamos resgatar a prática da oração. Na medida em que oramos, ganhamos sensibilidade para perceber o que Deus está fazendo em nossas próprias vidas. Nossa própria história ganha sentido na medida em que percebemos o mover de Deus em nossa existência, nos conduzindo, nos lapidando e nos amando. A oração, diferentemente de muitas práticas contemporâneas, nos torna mais prontos ao mover de Deus e à confiança no que Ele está fazendo.
Além da oração, precisamos também resgatar a leitura sensível das Escrituras. Quando lemos e meditamos nas Escrituras, ganhamos sensibilidade para perceber como Deus está, constante e ativamente, presente na vida de Seu povo ao longo da História. A leitura das Escrituras oferece-nos a percepção e a convicção de que não existe casualidade, nem mesmo fatalidades. Por detrás de eventos e encontros, Deus está agindo na vida de Seu povo e a nós cabe estarmos sensíveis e atentos ao Seu mover.
No entanto, tanto a oração e a leitura sensível das Escrituras não podem ser tidas por práticas alienadoras e individualizantes. Ambas nos exercitam rumo ao pastoreio de vidas como guias que conduzem pessoas através do caos. Enquanto a oração nos convida à sensibilidade para com a ação de Deus em nossas próprias vidas, a leitura das Escrituras nos conduz à percepção da ação de Deus na História. No entanto, ambas nos preparam para a mentoria, a sensibilidade para com o que Deus está fazendo na vida daqueles que nos cercam.
Conclusão
Antigamente, como afirma Eugene Peterson, não existia muita diferença entre o que o pastor fazia aos Domingos e o que realizava entre Domingos. Tanto aos Domingos como entre Domingos, a tarefa pastoral era caracterizada pelo serviço de guiar homens e mulheres ao longo de seus desertos existenciais, através de suas crises e dores. Neste serviço, pastores faziam uso da oração e da leitura das Escrituras. No entanto, atualmente, o serviço pastoral tem se distinguido em "Ministério aos Domingos" e "Ministério entre Domingos". E a grande mudança tem se dado no caráter das atividades que um pastor faz "entre Domingos", as quais têm sido grandemente definidas como práticas para "tocar uma Igreja" assim como um empresário toca sua empresa.
No entanto, estou convencido de que a grande carência de nossas igrejas na atualidade não é a de grandes visionários com suas propostas megalomaníacas, nem de marqueteiros com suas técnicas para aumentar a visibilidade e a aceitação das igrejas no mercado, nem muito menos de "vendedores de mapas" que articulam com maestria as palavras. Nossas igrejas estão necessitando de pais dispostos a viver com seus filhos, conduzindo-os através de suas limitações e crises, com amor e paciência na direção da maturidade em Cristo Jesus. Nossas comunidades precisam de guias que, através da oração e da Palavra, ajudem as pessoas a caminharem através de suas crises e a viverem em meio ao caos.
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Pastoral - Rebanho- Ricardo Agreste
Quem é Jesus?
Mateus 16.13-20
Introdução:
Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuía.
Para você Quem é Jesus?
Destacamos aqui neste texto tres coisas importantes:
1) EM PRIMEIRO LUGAR, JESUS FEZ A MAIS IMPORTANTE PERGUNTA. (VS. 13b)
“ Quem diz o povo ser o filho do Homem?...”
John Charles Ryle diz que essa declaração ousada de Pedro foi feita quando Jesus foi visto como um judeu comum, sem majestade, riqueza ou poder. Ela foi feita quando os lideres religiosos de Israel recusaram receber a Jesus como Messias. Ainda assim Pedro disse: “Tu és o Cristo”. Sua fé não foi abalada pela pobreza de Jesus nem sua confiança foi atingida pela oposição dos mestres da lei e dos fariseus. Ele firmemente confessou que o homem a quem seguia era de fato o Messias prometido, o filho de Deus. A resposta de Pedro foi fruto da revelação do Pai. Sem a obra de Deus em nós não podemos compreender nem confessar a Jesus como o messias. Ele veio para destruir as obras do Diabo Ele veio para trazer redenção ao ser humano caído. Ele veio realizar milagres como os vários que ele realizou no seu ministério Ele é o Cristo Vivo e voltará
Introdução:
Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuía.
Para você Quem é Jesus?
Destacamos aqui neste texto tres coisas importantes:
1) EM PRIMEIRO LUGAR, JESUS FEZ A MAIS IMPORTANTE PERGUNTA. (VS. 13b)
“ Quem diz o povo ser o filho do Homem?...”
- Quem é Jesus?
- Qual a sua identidade?
- Quais são seus atributos e suas obras?
- A vida depende dessa resposta...o povo estava confuso acerca da pessoa mais importante do mundo.
- Eles compararam Jesus apenas com um grande Homem ou um grande profeta VS.14
Aplicação: a igreja de hoje sabe quem é Jesus de fato?
- Ao longo da historia houve vários debates acerca de quem é Jesus.
- Os Ebionitas acreditavam que Jesus era apenas uma emanação de Deus
- Os Gnósticos não acreditavam na sua eternidade
- Hoje há aqueles que acreditam que Jesus é um espírito iluminado, um mestre....
- À aqueles que escarnecem Jesus o colocando como um homem mortal que se casou com Maria madalena e teve filhos, como ensina o livro Código da Vinci.
- Quem é Jesus para você?
- Talvez sua motivação esteja fazendo você apenas acreditar que ele tem coisas boas para oferecer a você, mas de fato o que Jesus representa para sua vida? O que ele é na sua vida? Qual o grau de relacionamento que vc tem com ele?
2) EM SEGUNDO LUGAR, O POVO ESTÁ PERDIDO NA QUESTÃO CRUCIAL DA VIDA (VS. 14)
- A multidão tinha opiniões acerca de Jesus e não convicções.
- O povo tinha uma visão distorcida de Jesus, pois o viam apenas como um grande mensageiro de Deus e não como o próprio Deus encarnado. Havia varias opiniões acerca de Jesus, exceto a verdadeira. Muitas pessoas ouvem falar, até mesmo o confessam, mas não o conhecem como o verdadeiro Deus.
- Se você não souber com clareza quem é Jesus você estar perdido na questão mais importante da vida. A vida, morte e ressurreição bem como sua obra expiatória não são assuntos laterais, mas a própria essência do cristianismo.
- O Cristianismo é muito mais que um conjunto de doutrinas
- Ele é uma pessoa. O cristianismo tem a ver com a pessoa de Cristo. Ele é o centro, o eixo, a base, o alvo e a fonte de toda a vida cristã. Fora dele não há redenção nem esperança.
- Ele é a fonte de onde procedem todas as bênçãos.
3) EM TERCEIRO LUGAR, PEDRO REVELA A ESSÊNCIA DA PERGUNTA DE CRISTO (VS. 16)
“ Tu é o Cristo, o filho do Deus Vivo”...
Conclusão:
Quem é Jesus para você? Você é a multidão confusa em busca de bênçãos ou os discípulos como Pedro que compreendeu que Jesus é o Cristo Vivo!
5 razões que qualificam o Cristo vivo:
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
" Tudo posso naquele que me fortalece" Um estudo exegético de Filipenses 4.13
Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?
O contexto imediato
Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.
Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade. De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo. Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).
O foco da passagem
Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.
Perigo de interpretação
Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!”
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus. Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.
A respeito desta passagem D.A. Carson alerta:- Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece.
Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.
E o “tudo” que podemos fazer?
Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava. Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos. Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.
O contexto imediato
Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.
Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade. De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo. Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).
O foco da passagem
Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.
Perigo de interpretação
Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!”
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus. Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.
A respeito desta passagem D.A. Carson alerta:- Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece.
Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.
E o “tudo” que podemos fazer?
Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava. Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos. Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.
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